sexta-feira, 20 de abril de 2012

A VIDA É UM TEATRO...(2º EPISÓDIO)



Autoria: PPP-Parceira Pública e Privada “QuitoFelicio”, de irresponsabilidade limitada

 2º episódio

Debruçada na janela de sua alcova, a Baronesa Celeste vira os olhos ao céu e declama:
- Bem me pareceu ter ouvido o bombo do meu amado! Pois ali está ele! Deve ter vindo anunciar-me finalmente a decisão de se esponsar comigo.
- Que belo, que galante!

Dom Rafael pareceu não dar por ela e proclamou, como um arauto:
- Já tendes pouco tempo para confirmardes a Vossa presença no banquete, Veneráveis Senhores, Concupiscentes Damas, Desabrocháveis Donzelas! Vinde! Dai-me os pergaminhos e as espórtulas!

- O meu coração desfalece, o meu amor por ele é demasiado. Não sei se resistirei a este fogo que arde sem se ver!, dizia a Baronesa debruçando-se na varanda.
- Como haveis passado Dom Rafael? Vindes hoje dar-me a boa nova? , perguntava dirigindo-se a ele, de braços estendidos.

Alheio aos apelos da Baronesa Dona Celeste, Dom Rafael prosseguia, absorto com a preparação do banquete:
- Só já vos concedo mais meia hora para confirmardes a ida ao banquete, Ilustres Senhores, Nobres Damas,  Frescas Donzelas, repetia entre uma e outra bombada o Dom Rafael, com os olhos fixos na assistência.
- Que bem que lhe ficam estes sentimentos! Sempre preocupado em proporcionar o lazer a esta selecta Corte! É um garboso homem, incansável, voluntarioso! Como o amo!, dizia Dona Celeste, com os olhos em alvo.

- É só para saber se é agora que eu entro! – insistia o pintor.
- Que raio! Não é agora ainda! – vociferava o ponto.
- É que isto é assunto de alto gabarito. Mas pronto. Há mais marés que marinheiros!, retorquia o pintor
- Eu sei muito bem o que estou a fazer! , esclarecia o ponto. Quando for a altura eu dou te um sinal. Tem calma!
- Já coloquei um calhau em cima do assunto!, acalmava-o o pintor
Dom Rafael já com os pergaminhos na sua posse, dá três bombadas no tambor e sai a correr pela esquerda baixa.
- O meu doce amado foi-se embora sem me lançar um olhar, sem me suavizar estes calores! Como vou viver esta vida sem ele a meu lado?, dizia inconsolável a Baronesa Dona Celeste, arrepelando os cabelos…
Bateu com estrondo as portadas da janela e saiu de cabeça baixa.

- Já saíram todos. É agora que entro não é?, dizia a medo o pintor…
O ponto Senhor de Viana não resistiu mais. Saiu de dentro da caixa, o cigarro entre os queixos, e dirigiu-se apressado à esquerda alta. Agarrou o pintor pelo pescoço, amachucando-lhe o colar plissado e berrou-lhe expelindo uma nuvem de fumo:
- Se voltas a perguntar quando é que entras, dou-te cabo do canastro!
- Isso era assunto!, articulou o pintor.
O Senhor de Viana, com o maço de folhas escritas na mão, chupando furioso o cigarro, recolheu de novo à caixa remoendo imperceptíveis remoques.

De rompante e em passada larga, entra em palco um homem avantajado, de negro vestido, capa pelos ombros, botas de cabedal de cano alto, espada à cintura e arco e flechas a tiracolo. É Dom Felício, Conde da Ericeira, que exclama:
- Ó … mas que rico dia para uma caçada … já aqui trago no bornal 3 coelhos, 2 lebres e 5 codornizes …está na hora de descansar da jornada ….
( senta-se então e bebe sofregamente de uma fonte colocada no fundo de cenário, dessedentando-se)
Nessa altura, aparece em cena um homem baixo e atarracado, vestido de calças castanhas, paletó e chapéu de aba larga e um cesto pendurado num braço. Tem as bochechas rosadas e aspeto campesino. É o regedor de Salgueiro do Campo, que se abeira do Conde e pergunta :
- Saúdo-vos Senhor, acaso estais interessado em comprar produtos da minha horta …alfaces, tomates, rabanetes …
Com brusquidão ( e muita falta de educação, admita-se), o Conde afasta-o e exclama com veemência:
- Para trás insolente, quem sois vós para vos abeirardes de um fidalgo da minha estirpe … ainda por cima tresandais a bode e queijo de ovelha … até fiquei com a pituitária arruinada …
O aldeão, regedor de Salgueiro do Campo, afasta-se pesaroso, rapa do bolso do paletó uma pena, um tinteiro e uma folha de papel meio amarrotada, e dá curso ao seu vício de nascença. Começa a escrevinhar e sai então de cena cabisbaixo …

De uma porta lateral, entra em cena uma rapariga de saia rodada até aos pés, avental alvo e touca na cabeça a condizer. Chama-se Olinda Linda e é estalajadeira. Virando-se para o público, com um ar intrigado, pergunta:
- Quem será aquele cavalheiro de capa que repousa junto à fonte, que nunca o vi por estes reinos …vou perguntar-lhe … cavalheiro, quem sois ?

Fim do 2º episódio

O romance entre Dom Rafael e a Baronesa D. Celeste terá falhado?
Ou o amor tudo vencerá e será agora que Dom Rafael lhe vai declarar o seu amor?
E a atracção que a estalajadeira Olinda sente por Dom Felício?
Será mais um romance que se está a desenhar?
Não perca o próximo episódio!

59 comentários:

  1. Sois uns pontos (e não só o Viana)!

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  2. Mal sonha a bela e incarrapascível São Rosas, o papel que lhe está reservado lá mais para o fim do espectáculo..

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    1. Mal sonho?! Mal sonho?!
      Até já vesti as cuecas de lata e deitei fora a chave para o fosso do castelo!

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    2. E explica lá isso do "incarrapascível"... é latim de Lisboa?!

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    3. incarrapascivel é aquela ( ou aquele ) que não é carrapascivel...

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    4. Se fosse incarraspascível ainda pensaria que era por nunca apanhar carraspanas...

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  3. Estou a gostar do enredo.
    O Pintor ou 1 pintor.

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  4. COMUNICADO DOS AUTORES.
    Conforme Vxªs poderão constatar, o aspeto gráfico da peça melhorou bastante, com a introdução de um palco alugado. Infelizmente, tudo são despesas acrescidas para os autores da peça, pelo que rogamos a compreensão de Vossas Senhorias, para o pequeno adicional de 2 cruzados que teremos que acrescentar ao preço do bilhete, já esportulado. No final da peça e à saída, a atriz Celeste Maria ali estará de chapéu na mão, onde poderão colocar a pequena quantia agora requerida ...
    MAS PORQUÊ A CELESTE MARIA, PERGUNTAIS VÓS EM UNÍSSONO ?
    A resposta é simples e devastadora:
    Porque é a única em quem nós confiamos, no meio de todos estes galfarros, capazes que eram de se abotoar com a massa e leva-la para um paraíso fiscal...
    Certos do bom acolhimento, subscreve-mo-nos
    Rui Felício ( Conde da Ericeira)
    Quito Pereira (Regedor de Salgueiro do Campo)

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    1. Sr. Regedor de Salgueiro do Campo, Sr. Conde da Ericeira.
      Foi com uma certa mágoa, não inveja, que constatei que V/ Exªs depositam a v/ total confiança na artista Celeste Maria, destinando-lhe o ingrato papel de estar à porta a receber os 2 cruzados do mísero aumento...
      Ora eu, Condessa de Louzada, tendo-me oferecido para custear todas as despesas inerentes a esta peça de Teatro, gostaria que me esclarecessem a dualidade desta v/opção. Desde já vos informo que não aceito a desculpa da seriedade...sérias somos todas nós quando estamos a dormir, sendo esse o único momento em que não pecamos em pensamento, palavras e obras...Sinto-me ferida, pondo mesmo em causa se continuarei a "brincar" convosco!!!!! Tenho dito
      LOUZADA...tout court!!!!!

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    2. O Conde e o Regedor estão feitos com Troika.
      Eles preferem receber uns morabitinos do povo,em metal sonante(até os trincam,para atestar a solidez) do que garantias da nobreza(nunca se sabe a que mosteiro vão parar).
      Cá para mim,é por isso que apostam na Baronesa que já está habituada aos bombos.Se apreciassem música apostavam na Condessa e tinham direito a umas líricas árias em harpa ou gaita de foles.
      Corre Perpétua.O faisão está a fugir!

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  5. Vejo-me lindamente vestida de estalajadeira...Sempre sonhei sê-lo!!!
    A atracção por condes Avantajados é o o meu forte...
    Senhores Autores, além de bons textadores e encenadores tendes uma sensibilidade à flor da pele que tanto aprecio(choro,choro...)
    Estes "Simplesmente Maria" tornados "Simplesmente Nobre" são metaforses transexuais que "mexem" muito comigo.
    Obrigada por estes momentos radiosos!

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    1. Folgo vê-la feliz, menina estalajadeira que faz o melhor javali no espeto da região ... mas tende cuidado ...palpita-me que o resinoso do pintor Dias António, vai atirar todo o mau feitio que Deus lhe deu para cima de si. Acautele-se e rogo-lhe um pouco de paciência, para aquele diabético que só enfarda bolos ...

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    2. (O)Linda estalajadeira ainda não provei o vosso javali no espeto nem o vosso cosido de castanhas, que desgraça e falta minha, nem o tempo passará por mim se o não fizer quanto antes. Vou já procurar Dom Rafael para de imediato bombar uma nova rota.
      Esclarecerais então Ó Linda estalajadeira o que é esse drama terrível de tran-sexual. O que será?

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    3. Ó Linda estalajadeira, para já estás a ver-te vestida, mas não tarda muito que com estes "manfios", estejas como vieste ao mundo!!!!!

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    4. São doces e agradáveis de ouvir as palavras da Olinda e por isso as agradeço.
      Todavia, fervilha-me no cérebro a transexualidade a que alude, sem conseguir compreendê-la.
      Mas alguma razão haverá...

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    5. Tran -sexual ... deve ser fazer sexo em trânsito ..

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    6. É fazer em trem, em movimento, que mexe e remexe e sem dramas...

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    7. Pois...
      Abilio é em movimento mas em prancha de surf...

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  6. Respostas
    1. Não chorais, estalajadeira, que o Senhor Conde vos enxugará as lágrimas com um lenço de cetim ...

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    2. Com um lenço de cetim?????
      Decetim fio? Ou cetim r- -o??????


      Peço desculpa deste comentário um pouco brejeiro....mas muito à moda na época!!!!!!!!!!!!!

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    3. Teresa,de cetim r--o...muito mais sexy!
      Bjos

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  7. Caros Amigos
    Momentos atrás, em correio azul de folha de pergaminho, fui informado pelo Senhor Conde Dom Rui Felício, em mensagem seca, agreste e até ofensiva, que não concorda com o valor proposto dos dois cruzados, achando-o de menos para aliviar a nossa penúria. Entende o cavalheiro, que o valor é ridículo e acusa-me com palavras que nem ouso aqui reproduzir, de irresponsabilidade e ameaça não pagar a parte que lhe compete no aluguer do palco
    Não querendo entrar em polémicas estéreis, não posso deixar de manifestar o meu mais vivo repúdio, pela forma como estou a ser tratado. O Senhor Conde é um agiota e só porque caçou 3 faisões 5 coelhos distraídos, julga-se no direito de pisar os calos ao regedor ...
    Fica assim suspensa, a continuação da apresentação da peça, a menos que me sejam satisfeitas três imposições:
    1º - Que o Senhor Conde de retrate das palavras injuriosas que me dirigiu;
    2º - Que se gere à minha volta, uma onda de solidariedade, por parte de todos os que vão assistindo a esta peça incluindo atores;
    3º Que o dono desta treta de blogue admoeste com um cartão amarelo o colaborador Rui Felício, que excedeu tudo o que é razoável;
    Mantenho que dois euros pagos por cada assistente chegam perfeitamente para o aluguer do palco e acuso o cavalheiro Felício de querer ganhar mais uns ducados à custa de uma plateia indefesa.
    Salgueiro do Campo,20 de Abril do Ano da Graça de 2012
    o Regedor
    Quito Pereira

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    1. "Quando a esmola é muita pobre desconfia"...mas Senhor Regedor, tudo está pago, a Condessa de Lowsada tudo paga nem que para isso tenha de pôr no prego as suas últimas joias. Ela é magnânima...dá tudo.
      Se alguns trocos faltarem é só dizerem que farei uma subscrição a vosso favor. Para garantia de que tudo será pago abro desde já uma conta no Banco do ZéPovo com o NIB 333.69.00000000000012545.3 e comecem a depositar aqui as vossas economias que delas saberei tomar conta com juros garantido e pagos sempre que se vencerem.

      Para quê, portanto, este estradalhaço, tanto azedume, Senhor Regedor de Salgueiro do Campo?

      Tenho em boa conta o galante Conde da Ericeira, grande caçador de incautas presas, e de grande património que se estende pelas coutadas de Mafra.

      Estai tranquilo, sentei de à sombra duma oliveira que é árvore de paz e escrevei o 3º episódio...

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    2. Exº Sr. Conde de Salgueiro do Campo,
      Venho por este meio dar-vos o meu total apoio às vis e injuriosas palavras de que foi vítima inocente, diga-se de passagem, pela parte do Sr Conde Dom Rui Felício, num provável momento de grande exaltação!!!
      No entanto gostaria de pedir da vossa parte, uma certa clemência para com Sr. Conde Dom R.F. atendendo que sendo ele um caçador de mérito em toda a espécie de caça ( fina, grossa, assim assim ), tenha tido algum desaire nesse dia, impedindo-o de atingir a presa visada....Não vale a pena começarmos já com estas "merdinhas" de ofensas e como tão bem diz o povo, eu repito; p'rá frente que atrás vem gente!!!!

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    3. O filósofo Senhor de Durão indicou um NIB de 23 digitos, destapando inadvertidamente o segredo que quereria ocultar.
      Na verdade, é de todos bem sabido que os NIB da Banca regular e legal, em qualquer país da Europa, Estados Unidos, etc, são constituidos por 21 digitos.
      Os de 23 algarismos são os das contas bancárias sediadas em paraísos fiscais off-shore, fora portanto de qualquer controle legal, fiscal ou estatal.
      Advirto portanto os incautos que qualquer donativo que depositem na sua conta por ele indicada, terão um destino obscuro e sem retorno...

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    4. Onde é que leste isso do NIB ter sempre 21 dígitos? Cada país tem uma estrutura e um nº de dígitos próprios. Vê aqui uma lista dos códigos IBAN (prefixo de 4 dígitos alfanuméricos identificativo do país + NIB) de diferentes países. E verás lá que o IBAN da França tem 27 dígitos:
      France (27) IBAN format: FRkk BBBB BGGG GGCC CCCC CCCC CKK
      B = bank code, G = code guichet (branch), C = account No., K = clé RIB (key)

      Ou seja, o NIB na França tem... 23 dígitos. Voilà!

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    5. Estava convencido que o NIB era sempre de 21 digitos e que o IBAN era formado a partir dele com mais os digitos de identificação do País.
      Vejo agora que não é assim.
      Valeu a pena dizer o disparate. Foi a forma de aprender uma coisa que não sabia.

      De qualquer forma, mantém-se o meu alerta para o cuidado a ter com eventuais depósitos na conta indicada pelo Senhor De Durão. Duma coisa est\conta que ele indicou não está sediada em Portugal. Cuidado, portanto!

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    6. Consta que o Senhor De Durão, tem um primo taxista nas Ilhas Caimão ...

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    7. E outro na Suiça que não é taxista mas sim motorista particular.
      E axo que o gajo ainda tem mais primos espalhados pelos sete cantos do mundo.
      Ali, onde o vêm, parece que não mata uma mosca... enfim, mais não digo porque me poderá acusar de quebra de sigilo profissional.

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    8. Em tempo:
      Também tem um sobrinho no Sal. Esta eu não queria dizer mas não resisti.

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    9. Se houvesse uma colónia de aleivosias não faltavam nela patronos.
      Sartre um dia escreveu "Les mouches" e os rumores que se ouvem não passam de bocas gratuitas, de desinformados, das moscas que intoxicam a nossa existência.
      "Cão com fome não recusa migalha", eu que queria só fazer o bem no apoio gratuita ao teatro que está sem apoios, recebo como resposta agravos.
      Senhor perdoai-lhe que eu nem os ouço.

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  8. Escudado na autoridade administrativa de que foi investido, vem o Regedor de Salgueiro do Campo intimar-me a que me retrate!

    Tal não farei, pela simples razão de que não sou retratista.

    Se, porém, insistir no meu retrato, que recorra aos préstimos do Pintor Oficial da Corte Lorde António Dias.
    Ele que o pinte, que para isso Deus lhe concedeu o necessário dom.

    E, se mesmo assim, não ficar satisfeito, que peça ao Cavaleiro D' Abranches, que o faça também, porque é especialista na matéria, pese embora o Lorde Dias António não lhe reconhecer suficiente gabarito.

    Quanto ao montante a esportular para fazer face aos custos do aluguer do palco cénico, recordo ao Senhor Regedor que as contas da Parceria a que ambos nos vinculamos, estão sujeitas a sigilo empresarial, pelo que ao querer trazê-las para o adro público, incorre na eventualidade de que eu lhe possa vir a exigir avultada indemnização!

    11º Conde de Ericeira, aos 19 dias de Abril do ano de 2012, post kalendas

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    1. Acabado de chegar depois de desmanchar um porco e o meter na salgadeira, não registei quaisquer progressos na postura do Senhor Dom Felício ...
      É também com desagrado, que registo que o Dom Abilio, de nádegas refasteladas numa poltrona na plateia onde o Conde o sentou, toma as dores de Dom Felício contra mim, num inaudito oportunismo.
      Nem imagino o que seria, se o Conde da Ericeira lhe tem posto uma baronesa ao colo ...

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    2. Eu logo vi que esta coisa da PPP ia dar em merda!
      Todas deram!
      É verdade que todas deram fortunas a alguns dos parceiros (os privados)e enormes prejuízos aos outros (os públicos).
      E, para que não pensem que estou a inventar algo de novo, deixem-me lembrar que as primeiras PPP foram criadas em 1990 e que, ainda hoje, são uma das principais causas do défice e etc...

      Ora porra, isto não é conversa para aqui.
      Esta PPP é uma Parceira e não uma Parceria...

      Retiro-me pela esquerda alta, baixando as orelhas antes que leve nelas...

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  9. A Condessa Louzada está claramente a deixar-se enredar nos artificios de sedução do Filósofo De Durão. Já devia saber que ele, com as palavras mansas típicas do seu metier, consegue levar as vitimas á certa...

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    1. Também "axo". O Dom Bilito faz tudo pela calada ...

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    2. Tem toda a razão Sr. Conde da Ericeira!!!!! Mas devo confessar que a voz melodiosa e os paparicos com que sou assediada continuamente pelo Filósofo Dom Durão...me derretem e me seduzem!!!!! Eu sei, eu sei que tendes razão meu amigo, mas que hei-de fazer????? As "guloseimas" e palavras com que me mima, tiram-me do sério...e depois Sr. Conde, a carne é fraca, tão fraca!!!!!!!......

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  10. Eis-me chegada ao teatro/ folhetim, urdido por um conde e um regedor, qual deles o mais atrevido!
    Metem a realeza e os plebeus todos ao barulho, com boatos infundados, desde os desonestos e corruptos até aos que consideram honestos e intocáveis.
    Só faltava o regedor do Salgueiro colocar a grande artista Celeste Maria a cobrar 2 euros e de chapéu na mão!...
    Tenha tento, e não se ponha a dar graxa.

    Vou dormir inquieta com a ideia do falhanço do amor de Dom Rafael pela condessa Celeste.
    Ai, ai, ai que o meu coração se parte de dor!
    Ele vai, vai declarar-lhe o seu amor.

    Qual será o final, entre a estalajadeira e o conde da Ericeira?
    Talvez a coisa se arranje...
    Amanhã cá estarei.
    da Ericeira?

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  11. No final do comentário saiu borrada...
    São as "merdinhas" da duquesa Louzada!

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    1. "merdinhas"? Ó Senhora Baronesa isso nem parece seu ....

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    2. Pois... as Baronesas não têm ginecologista?!

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    3. Graças a Deus meus senhores, que não sou Baronesa....mas sim CONDENSA que me põe "tensa"....

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  12. Respostas
    1. Mas quais bolos, Tónio !!! Fala-me em chanfana, catrino !!!

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    2. Isso! Libertas o Pintor dos diabetes mas carregas-lhe no colesterol!
      Queres é vender-lhe Zarator...

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    3. E para não passares pela vergonha de ter de perguntar à São o que é o Zarator, eu informo-te: atorvastatina cálcica.
      Como vês, sou um gajo cuma cultura do carago!

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  13. "merdinhas" na boca duma Baronesa ou Condessa até me cheira a pétalas de rosa...

    O Senhor Duque da Ericeira, sempre desconfiado, prefere lançar a suspeita, o insulto, do que aceitar quem lhe quer resolver os problemas, é a vida... que se amanhe mais aquele Regedor de Salgueiro do Campo. Desenrasquem-se que nem um tostão meu vão ter. Depois se querem fechar o teatro, que fechem.

    Isto já está a passar das marcas, o Conselheiro Ferrão bem que levantou a voz em veemente protesto quando viu um artista, um pintor de reconhecido mérito, ser achincalhado de forma vil por um ponto que, saltando do seu buraco, com ar de quem já não suportava mais ali estar sem fumar nem por mais um segundo...

    A Baronesa continua exuberante na sua beleza a querer chamar a atenção, e, como flor apelando ao beijo duma abelha, clama por Dom Rafael que para além de a não escutar também nada vislumbra inebriado que está bombando a bem bombar…

    A Condessa parece estar em êxtase de olhos cerrados, respiração suspensa, em supremo deleite saboreando o chocolate. De vez em quando suspira e diz, mais…sim…mais um.

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    1. Com este suave prosar, é que o Senhor Dom Abilio as leva no embrulho ...
      Quanto à forma desrespeitosa como me trata, a prosa resvala pela carcaça da minha total indiferença (mas onde é que eu já ouvi isto?)...

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    2. Como me compreendeis Sr. Dom Durão!!!!
      Só um chocolate "artesanal", confeccionado pela suavidade das vossas próprias mãos, me poderia levar a este estado soberbo de êxtase...fazendo-me sonhar e ansiar por outros deleites vindo de V/Excelência.....como p.ex. uma mousse.........sim, uma mousse de chocolate branco!!!!!! Como seria feliz, se pudésseis atender e matar o meu desejo....Ai como eu seria!!!!!!!

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    3. Podereis considerar, desde já, o vosso desejo já morto, digníssima Condessa.
      O meu chocolate está em lume brando pronto a vos servir.

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  14. tenho andado desenfiado e sem tempo para apreciar estas peças teatrais aqui engendradas pela parceria público/privada Quito/Felício!
    E já vão no segundo aCto!
    Já nem sei se hei-de ler primeiro os comentários e enquadrá-los no texto do 2º aCto, ou vice versa. Tudo ao mesmo tempo é tarefa complicada!
    Mesmo sabendo que só entro em cena graças ao meu adorado bombo de Lavacolhos que tem por missão principal acordar a sonolenta plateia, não deixarei a Baronesa Dona Celeste de me esponjar com ela. Mas só o farei depois de adquirir uma esponja de qualidade!
    Caro PONTO Senhor Viana, escusas de te irritares por esponjar e esponja não constar do guião da peça! É que eu gosto de meter "as minhas buchas"
    Dou duas bombadas no meu Lavacolhos e despeço-me aguardando o 3º aCto!
    Nota: Don Rafael esclarece que não vai haver banquete nenhum!!Só Pic-Nic e cada um picnica do que trouxer!

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    1. Meu caro Castelão, esponje-se como bem entender. O Ponto não é responsável pelas buchas dos actores indisciplinados e cada um é responsável pelas suas...
      A propósito, eu logo vi que o banquete era só conversa. Se fosse a sério levavas um letreiro com o preço e o nib da tua conta...

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  15. Claro que não perderei o próximo episódio.
    Estou ansioso por saber se Dom Rafael larga a porra do bombo e se agarra definitivamente à Baronesa Dona Celeste. Penso que a paciência dela se pode esgotar, se o bombista não se despachar. Vamos ver...
    A atracção que a estalajadeira Olinda sente por Dom Felício virá a ser correspondida? Admito que acabem ambos na cozinha, lambuzando-se em caça fresca. Mas é outro mistério que só o próximo episódio ajudará a desvendar.
    Também penso que o Pintor está quase a "partir a loiça toda". O Ponto que se cuide...

    Meus amigos, responsáveis pela PPP, aquele abraço.

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  16. Estou a esticar a pele...ao bombo!Não sei o trabalho que vai ter no 3º aCto!
    Vou ver se ato bem as cordas!
    A peça merece que tudo esteja "em su sítio"!

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  17. Estica mas é a pele à maçaneta, que deve bem precisar, porque sem ela nem no bombo tocas.
    Está mas é atento que a Baronesa está debaixo de olho do pintor e do ponto que não tira os olhos dela.

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  18. Nesta colaboração estreita com o Rui Felício, muito nos temos divertido na elaboração desta peça TIDE, que ainda está para durar.
    Mas é justo dizer, do gozo que têm dado os vossos comentários e colaboração.
    É precisa muita imaginação, em muitos dos diálogos que vão aparecendo por aqui.
    Obrigado.

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