terça-feira, 10 de maio de 2016

Vamos dar uma volta no canal de Lachine

Em bicicleta.

Montreal possui uma pista panorâmica para ciclistas ao longo do canal de Lachine e que continua nas margens do rio Saint-Laurent. Esta pista tem sido vários anos considerada a mais bela do mundo e acompanha estes cursos de água durante várias dezenas kilómetros. Os seus espaços largos ao longo das margens permite a prática de vários desportos ao ar libre, podendo ao mesmo tempo ir admirando a paisagem com as suas obras de arte na grande maioria muito simples, para não alterar o ambiente que aí se desfruta.
É no Velho Porto ou junto ao centenário edifício do mercado Atwater que o turista pode alugar bicicletas nos comércios ao lado da pista, ou os menos hábeis fazerem reparar as suas bicicletas antes da partida.

Numa convivência natural lado a lado, a pista para ciclistas em asfalto e em terra o piso para pedrestes, muito mais macio.
Ciclistas e pedrestes convivem, podendo admirar a paisagem com as suas inúmeras pontes. Neste caso podemos ver um casal na "Idade de Oiro" a fazer a sua manutenção.
Mais adiante uma estrutura para diversos fins e que serve como ponto de apoio aos ciclistas.
Em família ou em grupo, também se passa o tempo.
Sendo um local privilegiado, pode-se ir admirando desportos na água.
Há os que o fazem por simples manutenção ou passa-tempo.
Mas também há os que se treinam no seu desporto favorito.
Outro ponto de apoio ao longo do percurso, aberto a quem passa.
De pequenino é que se começa.
Uma obra muito simples mas que altera a paisagem.
Ciclistas em pleno treino. Estes de alta velocidade vão sempre na sua mão e em fila indiana.
Também se pode ir admirando os barcos recreativos que vão passando.
Uma vista do canal com mais uma das muitas pontes que o atravessam e que embelezam a panorâmica.
Não faltam locais com mesas e bancos para comer. Para maior conforto dos veraneantes, existem por cima os célebres ultravioletas no meio das lampas para matar os mosquitos.
Depois das forças recuperadas, mais umas pedaladas.
Entretanto em Lachine, passa-se junto à maior obra de arte do percurso.
Aí podemos admirar esta "face multi-facetada".
Mais adiante passamos pelos maravilhosos ninhos de andorinhas pretas, numa demonstração do valor que é dado à defesa das espécies animais.
Por toda a cidade de Montreal o verde é rei mas há paisagens situadas no seu interior que nos deixam maravilhados.
Já agora aproveitamos para repôr as forças nesta bela cabaninha, alegrar o estômago e para os lados de Pointe Claire iniciar a volta para casa quando já estão feitos uns trinta kilómetros.

Obrigado pela vossa agradável companhia.

35 comentários:

  1. Curiosidades

    No Quebec, cinquenta e dois por cento da população pratica ciclismo.
    O esforço de criação de pistas dentro e fora das cidades que são utilizadas por ciclistas, patinadores e pranchistas em todo o Quebec têm a finalidade de tirar o máximo de automobilistas das ruas e estradas. Tal funciona plenamente porque os ciclistas no centro das cidades podem deixar as bicicletas presas aos diversos descansos camarários gratuitos que há por todas as cidades, assim como deixá-las presas aos postes públicos ou grades de edifícios. Com a falta de lugares para estacionar os carros, os ciclistas que vão ao centro de uma cidade só levam o carro se forem com a família, pois não é prático. No caso preciso de Montreal, um ciclista que viva a dez kilómetros do centro da cidade, tem todas as probabilidades de aí chegar mais depressa que indo de automóvel ou utilizando um meio de transporte público por causa do tráfego.
    É muito apreciado o uso dos patins, pranchas, marcha e corrida a pé. É fácil ver passar nas pistas pais a correrem levando à frente um carrinho com três rodas que transporta o bébé.
    Toda esta planificação tem o fim de retirar pessoas dos transportes públicos, dando lugar a outros.
    A diminuição de carros nas ruas e menor utilização dos transportes públicos, leva a uma diminuição de compra de viaturas das mais diversas das quais muitas são importadas, despesas com reparações, diminuição na importação de peças para viaturas e a uma enorme diferença na importação de gasolina.
    Sendo a manutenção física um meio de saúde, leva a uma maior efectividade no rabalho. Diminui o número de entradas nos hospitais com a respectiva ocupação de espaços e pessoal hospitalar, redução de gastos com medicamentes incluindo uma baixa significativa da sua importação.
    Também se faz sentir na manutenção das ruas e estradas, porque seis mil e novecentas bicicletas provocam um desgaste no pavimento equivalente a um carro.
    Vale a pena um país fazer tal esforço.

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    1. Grande reportagem com fotos magnificas que nos mostram como é posssivel aproveitar a natureza e proporcionar às populações zonas de lazer, seja para passear ou para os amantes do ciclismo fazerem a sua manutenção fisica em segurança.
      Tudo está previsto.
      Fica-me a dúvida se também fizeste este percurso...
      Um abraço e e o prazer é nosso de te fazer companhia neste roteiro turistico.

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    2. Que passeio magnífico nos é proporcionado pelo Chico.
      Um percurso magnifico, sem dúvida óptimo para bicicletas, com a natureza e a arte a envolver-nos, pura e simplesmente paradisíaco.
      Claro que não pode escapar a ninguém o cuidado na defesa das pequenas aves, criando-lhes condições para sobreviverem e viverem alegremente...
      Gostei muito, Chico.
      Obrigado pela excelente reportagem.

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    3. Fazia esse percurso pela pista até uma certa altura e depois em estrada sempre que ia ao médico a Pointe Claire, Rafael. Ele queria que eu fizesse manutenção. Perguntou-me várias vezes como tinha ido até lá. Tanto em frente do gabineto do médico como no hospital e por todo lado aonde se vá, há descansos para bicicletas.
      Muitas vezes subia o Boulevard Decarie até ao Boulevard Gouin bem a norte da ilha para voltar à esquerda. Este boulevard é de muito movimento mas eu usei sempre o rectrovisor e há truques para que ao vermos automobilista mais reticentes, nos respeitem. Eles não podem brincar. Seguia por Pierrefond, Senneville, Sainte-Anne-de-Bellevue e vinha por aí abaixo junto à água até casa ou ainda ia dar a volta à baixa. Como nem tudo é oiro, há umas zonas da pista que eu não utilizava porque tinha um asfalto muito granulado, o que dava trepidação. Não é perigoso andar na estrada porque toda a estrada que envolve a ilha tem a limitação de trinta kms e os automobilistas tomam atenção aos ciclistas deixando um metro de espaço. Muitos deles são ciclistas. Pode ir ver o percurso na Internete.

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    4. Obrigado por teres passeado comigo, Carlos Viana. O essencial é que tenhas gostado.

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  2. Tudo espetacular. Coisa de Primeiro Mundo.
    Há pouco, ao ler o noticiário, ao chegar ao trabalho, por "conhecer" o Chico Torreira, não pude deixar de me ater a esta notícia, que muito me entristece (como por aqui, no Brasil, quando fatos similares acontecem).
    "Fort McMurray, ou "Fort Make Money" (Forte Ganhar Dinheiro), como alguns canadenses a apelidaram durante seus anos recentes de sucesso econômico, era o tipo de lugar atraente por causa das boas oportunidades profissionais e dos contracheques gordos.

    Os que se estabeleceram lá eram engenheiros competentes, refugiados de países devastados pela guerra e batalhadores de todo o Canadá e outros lugares, atraídos para um ponto no mapa no norte do Estado de Alberta, uma cidade escavada na floresta boreal em uma região pujante com a riqueza do petróleo, no oeste do Canadá.

    Mesmo depois que o preço do cru começou a cair, no final de 2014, eliminando milhares de empregos, muitos moradores conseguiram se manter, apertando os cintos enquanto esperavam a volta dos bons tempos.

    Então, no início da semana passada, fumaça e cinzas encheram o céu, os primeiros sinais de um incêndio natural catastrófico que avançava para a cidade. Toda a população de cerca de 88 mil pessoas foi obrigada a deixar a área, a maioria em uma corrida frenética.

    Desde então, o fogo consumiu áreas inteiras de Fort McMurray, tornando-se um dos incêndios mais devastadoras da história do país. As chamas em rápido avanço transformaram muitas casas --e as fotos de família e outros tesouros que não puderam ser embalados a tempo-- em pouco mais que carvão.

    Chamas enormes arrasaram bairros inteiros, deixando para trás chaminés calcinadas pairando sobre as cinzas de antigas salas de estar. Muitos moradores lamentaram a perda do restaurante Denny's, que fora um popular ponto de encontro antes que se evaporasse no calor infernal.

    Até agora não há notícia de mortes em consequência do incêndio, o que muitos consideram um milagre."

    Sabes nos dizer de como esse incêndio aconteceu? Aqui, especialmente na Amazônia, são as queimadas, feitas por empresários da agropecuária, principalmente. Ou, ainda, em São Paulo - mais comum - incêndios em favelas, porque são "construídas" de forma precária, com instalação elétrica vulnerável.

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    1. Parte I de II

      Chana a Mamãe

      O início do incêndio ainda está a ser investigado. No entanto por estes lados, os incêndios de floresta são estatisticamente provocados em cinquenta por cento pelo ser humano e outros cinquenta por cento pela natureza, faíscas principalmente. Act of God (Acto de Deus), que tem a particularidade de jamais ser responsabilizado. As faíscas têm o condão de por vezes caírem com uma tempestade, tocarem numa ou mais árvores e irem até às raízes que ficam a arder. Vão passando de raíz em raíz e por vezes o fogo só volta ao tronco das árvores em condições propícias.
      O desenvolvimento do incêncio que começou em Prairie Creek e Gregoire foi devido a baixa humidade, temperatura alta, fortes ventos e ramos sêcos caídos das árvores durante e depois do inverno. Muito possívelmente foi erro humano mas ainda estão a averiguar. A quatro deste mês foram evacuados Fort McMurray, Gregoire e Anzac. Nesta região já arderam uns cento e trinta mil hectares, e só em Fort McMurray mais de duas mil e quatrocentas casas e edifícios foram destruídos até ontem. Neste momento o fogo está mais calmo na cidade mas quando vem vento, ainda arde mais uma ou outra casa.
      O número de aviões cisternas aumentou para vinte e sete, fora um milhar e tal de homens que combatem o incêndio em Fort McMurray e respectivo material de terra.
      De notar que segundo dizem há mais quarenta incêndios que estão activos na região, estando cinco fora de control. É muito pessoal e material envolvido.
      Há para cima de cento e dez mil pessoas evacuadas.
      O que permitiu salvar setenta mil pessoas nas primeira horas, foi a evacuação comandada pela GRC (Guarda Real do Canada) que com um elevado número de efectivos criou comboios de cinquenta automóveis com espaços entre eles e a uma velocidade muito moderada, pois os animais em fuga atravessavam a estrada. Um alce que só se lhe vê o lado de baixo do corpo quando se vai dentro do carro pois as patas são muito altas, pode ir até setecentos kilos.

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    2. Parte II de II

      O problema foi os que quizeram ficar ao pé da sua casa e depois partiram pela saída mais próxima que lhes dava mais garantias. Esses iam no meio da estrada com as fagulhas a caírem por cima deles, com o fogo de um lado e do outro da estrada até ao cimo das árvores e a côr era azul, o que os técnicos chamam de combustão perfeirta. Acima de mil e setecentos graus centígrados.
      Foi numa destas fugas que morreu uma pessoa pois no resto nem feridos há a darem entrada nos centros de saúde.
      A Cruz Vermelha além do apoio habitual, tenta por todos os meios arranjar instalações em Edmonton e arredores para o pessoal desalojado. Muitos ficam em casas privadas que se oferencem para os recolher.
      Neste momento os civis já ofereceram até ontem em notas de cinco, dez dólares e até mais, quarenta e nove milhões de dólares à Cruz Vermelha Canadiana. É o que eu digo, aqui também há muito boa gente. Como o groverno federal dobra cada dólar oferecido, já tinham em caixa noventa e oito milhões.
      Também aconteceram situações de coragem e arriscadas. Quando estava a seguir uma desssas fugas levadas a cabo por dois automobilistas, a um dado momento vi um motociclista a ultrapassá-los. Com tanta fagulha, não sei como com o vento e o calor ele não ia a arder.
      Um casal que tinha cavalos, meteu os que pôde no reboque abandonando um e deixou a filha ir atrás com eles. Sem que os pais notassem, saltou do reboque e foi buscar o cavalo abandonado. Quando notaram, a miúda ia atrás do reboque a correr montada no cavalo.
      Fiz saír no meu blogue os primeiro momentos que já permitiam dar certas informações nessa altura e cujas algumas já estão ultrapassadas. Para lerem basta clicar Aqui .
      No que respeita a instalações eléctricas, aqui só é possível um incêndio se fôr no momento da construção e portanto ainda a obra não acabada. Muitas vezes no meio da construção e seguramente no fim da obra, a inspecção passa lá de certeza e não há favores porque se aparecer algum contratempo, os tribunais não dão chance nenhuma. Nenhum fiscal quer queimar as mãos.
      Tentei passar a mensagem do que se vive neste momento por aqui e estou a uns milhares de kilómetros. Só que como aqui já conhecemos catástrofes, vivemos com eles o que se passa. A história só mais tarde se saberá. Como dizia há uns anos um primeiro ministro deste país: "País que não lê as mensagens dos seus cidadãos, é um país muito pobre".

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    3. Também por aqui, o monstruoso incêndio em Fort McMrray tem merecido a nosso espanto e muitas interrogações.
      Espanto porque era suposto que numa cidade dum país desenvolvido, economicamente forte e politicamente organizada, não fosse possível uma tragédia, que envolve mais de 2 000 casas destruídas e cerca de 100 000 desalojados.
      Como é possível que, numa cidade desenvolvida, supostamente com elevados meios de defesa de protecção civil, um incêndio vá lavrando durante quase uma semana?
      Compreendo o espanto, ainda, da nossa amiga de Manaus que, não há muitos anos, viu arder uma parcela da Amazónia, com uma área equivalente à de Portugal, não tendo o País meios de defesa numa zona de arborização intensa e sem acessos.
      Como ela, eu percebo que arda uma favela em São Paulo, assim como um bairro de latas em Lisboa, dada a precariedade das construções, das electrificações feitas de carocas e de materiais inadequados, da falta de acessos, da falta de meios, da falta de tudo...
      Como é que, numa cidade estruturada, pode nascer um incêndio sem que de imediato se lhe dê combate eficaz?
      Não, meus amigos, aqui há qualquer coisa que não bate certo.
      Aqui há gato, gato que cheira a petróleo.
      Aguardemos as conclusões das investigações.
      Por enquanto, ainda nem sabem onde o incêndio começou.
      Esclarecedor, este mistério, digo eu...

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    4. temos assistido pela TV a grande calamidade.É impressionante.
      Já explicaste aqui os efectivos materiais e humanos envolvidos.
      Sempre pensei que num País com tantos incéndios, que devem estar devidamente preparados para uma situação destas. Mas apesar disso a devastação é uma enormidade!
      Com estas tuas explicações tão pormenorizadas dá para compreender que mais não é possivel fazer no terreno. O após também não vai ser ácil para todas estas familias.

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    5. Em relação ao Carlos Viana e Rafael, vê-se bem que não conhecem fogos do mato de grande envergadura e ainda bem. Eu já vi disso.
      Pelo que ouvi foram apanhados de surpresa pela velocidade de propagação das chamas derivado ao forte vento que suprou durante dias e que com a seca, falta de humidade e temperaturas elevadas não lhes deu tempo para nada. Não é admiração nenhuma. Mato, é mato. Já tenho aqui dito que se o Canada não tivesse o inverno rigoroso, era como em África. As cidades do interior, são aglomerados absolutamente isolados e por isso têm os seus meios para defesa em casos normais mas não em nada como esta catástrofe. Não penso que quando o fogo cercou Coimbra, foram só os bombeiros de Coimbra a fazer face à situação. O Canada de um lado ao outro tem tantos kilómetros como daqui a Portugal. As distâncias das cidades no mato são grandes. Não ficam umas a seguir às outras como aí, ou como aqui junto ao Rio St-Laurent. Existe kilómetros e kilómetros sem viva alma. A primeira cidade para onde evacuarem as pessoas, situava-se a uns trezentos kilómetros a sul. Se a memória não me engana, é como do Porto a Lisboa mas só com estrada, nada das nossas excelentes autoestradas que num caso destes também tem efeito. O Canada não tem dinheiro para construir na maioria dos locais auto-estradas como aí. Têm outros alvos mais importantes. Há uma grande diferença. Mas isto indo de sul para norte ou vice versa porque nos outros sentidos até nem há nada tão próximo, se não tinham ido para esses locais. O ataque a incêndios começou logo que notaram pelo que me fui apercebendo mas juntar um número elevado de pessoal, maquinaria, aviões e helicópteros quando já tinham incêncios noutros lados, não é fácil. Mesmo que não tivessem, os meios aéreos estão distribuídos pelo país todo e não concentrados num local. Não há país que tenha um sistema de ataque a incêndios como o Canada, que grande parte das vezes até vai ajudar os outros, alguns belíssimamente estruturados como os Estados Unidos e por toda a américa. Não se pode ter vinte ou trinta aviões por cidade no interior. Não há nenhum país que aguente.
      Continua

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    6. Continuação

      Já uma vez só no Quebec estiveram em actividade seiscentos fogos ao mesmo tempo e aí não há nada a fazer. Só se o mar invadisse os terrenos. A sorte é que foi só mato e o mato refaz-se pois para isso os incêncios até são uma benção. Matam os parasitas todos e a floresta aparece muito mais vigorosa, segundo os especialistas.
      Quanto ao caso da precaridade da construção e da electrificação tanto aí como no Brasil, isso cá não existe como sistema e não é só nas cidades. Tem aparecido um caso ou outro isolado que vai subsistindo mas logo que descobertos pelos mais variados motivos, ou resolvem ou é-lhes feito pelas respectivas cãmaras os trabalhos em falta que se não pagarem, são-lhes retirados os imóveis. Aconteceu já várias vezes desdes que cá cheguei.
      Além disso construírem quintas como no Brasil sem estarem devidamente legalizadas porque se tem visto isso nos documentários e ouvido o que os agricultores daqui dizem pois foram lá, aqui também não é possível. Parece que não tem importância mas num caso como o que se está a passar em Fort McMurray, tem muita influência pois têm a noção aonde estão as pessoas e quantas.
      Quanto à aviação para ataque a incêndios não me posso pronunciar sobre o Brasil mas pelo que tenho visto tem muita água em rios que muito deles até têm muito arvoredo. Se tiver grandes lagos, a aviação é possível mas se não tiver, é um problema.
      Quanto a Portugal mesmo que não estivesse na situação económica que está, não penso que poderia ter uma aviação deste calibre pois não tem grande lagos. Não é em rios que eles vão abastecer por causa dos montes de areias e outras situações.
      Bem, já que estamos entre nós, no nosso caso talvez lá mandassem um submarino que para isso tiveram dinheiro.
      Por tanto penso que não há comparação entre os três países aqui referidos.
      A realidade é que com todos os seus defeitos e que os tem porque eu os conheço, o Canada foi capaz de evacuar toda uma população de forma segura, a tal pontos que até a chefe da oposição agradeceu ao Primeiro Ministro e ao Ministro da Segurança Pública, a forma rápida da intervenção do governo como podem ver no link que pûs no meu comentário para "Chama a Mamã!". É muito difícil agradecer em plena assembleia ao seu adversário e no estado em que ela o fez. Não haja dúvidas que politicamente o Canada está muito organizado, sabem dar valor ao adversário porque não é a primeira vez que tal acontece.

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    7. Rafael.

      No que respeita ao incêndio em si, já dei o meu parecer acima no qual meti um pouco da minha própria experiência.
      Em relação às famílias em si, é um grande problema pois não há dinheiro que pague as fotos de família que perderam. É muito sentimental. É de que todas as famílias se queixam quando há incêndios.
      Quanto à ajuda que vão receber e que até ontem já ia em noventa e oito milhões com a parte do governo, não tenho dúvidas que ainda vai subir muito mais. Ainda não apareceram os nomes das grandes companhias nem dos bancos e aí, vai subir. Além disso, o governo do Canada e da Província de Alberta têm sistemas sociais que funcionam, pois de outra maneira as pessoas não poderiam subsistir (mesmo os desempregados e os sem abrigos, só que aqui essas pessoas não têm vergonha de receberem. É um direito, não devem nada a ninguém). Muitas delas ainda não pagaram a casa e não vão querer ficar a pagar duas. É todo um sistema que vai ter que ser adaptado à situação. Também resolveram com pleno êxito o problema idêntico com a explosão do comboi em Lac Megantic, no Quebec. As pessoas queixam-se da fatalidade mas da forma de resolução, não.
      Para isso muito conta o dinheiro que gastaram com a informatização do sistema de saúde, porque agora aonde chegaram recebem todo o apoio que necessitarem pois sabem tudo sobre a saúde deles. Outra situação além dos alojar, alimentar, vestirem e calçarem, é manterem as escolas a partir da próxima semana para as crianças com todo o apoio logístico, pois muitos perderam tudo. Toda esta logística para cima de cem mil pessoas e crianças.
      Enfim, haja fé na reconstrução do futuro.

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    8. ...são muitos incêndios num pais grande...mas olha que aqui em Portugal já houve anos que proporcionalmente houve bem mais!!!

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    9. Chico, compreendo a tua explicação, mas deixa-me colocar-te uma questão:
      numa situação tão grave quanto esta, não seria óbvia a necessidade de meios de outras cidades - a 300, 400, ou 500 kms - se deslocarem a toda a força para lá?. Demorariam 5, 6, 7, 8 horas, mas chegavam lá antes dos 8 dias já decorridos.
      Como dizes, quando Coimbra esteve cercada pelo fogo, vieram bombeiros de todo o lado. Na cidade ainda entrou na Av Elisio de Moura mas foi combatido aí e só ardeu um andar (foi uma labareda que "voou" de Vale de Canas e entrou pela janela).
      Eu nem preciso de ter fé para saber que irão reconstruir o futuro. Mas não souberam prevenir o presente...
      Tenho a certeza que os desalojados não estão tão optimistas como tu e essa minha certeza advém das imagens que nos vão chegando.
      Ou será que eles não têm uma informação tão vasta quanto a tua? Porque é que ouvimos uma senhora a chorar perguntando o que é que lhe ia acontecer "agora sem casa, sem emprego, sem dinheiro"?
      Um abraço e que tudo decorra como o teu optimismo prevê.

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    10. Rafael,
      Penso que isso de porporção não tem comparação possível. Quando o Quebec lutou contra seiscentos fogos na mesma altura e nem sei quantos havia nas outras províncias e territórios. Quantos Portugais cabiam ou não dentro desses fogos só no Quebec, não faço ideia. Nessa altura andávamos a pensar no que se passava aqui para o norte. Por outro lado nunca houve uma fatalidade destas nem aí nem aqui. Sabe-se que começou na zona de Prairie Creek e Gregoire mas no mato, não dentro da cidade. Foram apanhados de surpresa por causa dos ventos. É possível que com caçadores, campistas, madeireiros, etc, tenha havido um descuido e que nem a pessoa que originou tenha notado. Se fôr um cigarro como exemplo mas que não deve acontecer, fica no chão no meio das galhas e só mais tarde com o vento é que tudo vem ao de cimo. Também pode ter sido uma garrafa abandonada de uma bebida qualquer, que com o sol a bater tenha originado o incêndio. Há muitos mais casos. Só que as autoridades deixarem andar por aquilo que aqui conheço, acho muito difícil porque as responsabilidades num caso desses são imperdoáveis. Quem o fizesse tinha que ser bem guardado da população. Uma vingança de um indivíduo de qualquer ordem, é práticamente impensável mas pode acontecer. Por política, nem pensar. E então aqui que nem a justiça nem os próprios políticos ligam a quem. Mesmo que seja do partido, logo que haja uma dúvida, põe-no logo de parte até que prove o contrário mas recebem-no sem efusão. Não vão para a assembleia bater palmas como aí ou levar o menino para um tunel. Por outro lado mesmo algum civil que tivesse notado, não deixaria de dar o alarme pois quem vive no mato sabe que com uma atitude dessas pode pagar com a vida.

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    11. Há qualquer coisa que eu não estou a compreender, Carlos Viana. Os primeiros reforços chegaram logo no primeiro dia e não ao fim de oito dias como dizes. As evacuações começaram no princípio do mês, no mesmo dia e não só de agora. Eles retiratram rápidamente setenta mil pessoas, o que é obra. Os que lá quizeram ficar é que saíram mais tarde. Houve os que foram saíndo e ainda hoje mesmo houve alguns. Este atrazo trás problemas porque já estão a entrar nos serviços de saúde com problemas de estômago e respiração. Mas se foram eles que tomaram a decisão de não saír, nada a fazer. A pessoa aqui é livre e cada cidadão tem por trás os "direitos humanos". Se fossem só rajadas de vinte kms que não era o caso, oito horas é uma imensidade num fogo de mato. Aqui quando há alarme a ventos fortes, são habitualmente no mínimo de quarenta kms com rajadas de sessenta a setenta, ou mais. Já se está a ver o que aconteceria com tantas horas para lá chegarem. Eles tiveram lá apoio muito rápido, já não falando de helicópteros e aviões que chegaram à vertical mais cedo, como é natural. Nada de oito dias!!!!!! Não sei quem é que andou a espalhar isso dos oito dias para serem evacuados. Estou admirado.
      Eles precisam ainda de mais uma semana para que a cidade seja dada como segura e não é garantido, pois os ventos podem mudar.
      Por outro lado, quanto à recuperação das pessoas, quando foi do Lac Megantic, as pessoas ao princípio coitadas, foi um choque muito grande. São muitos problemas com que uma pessoa fica na cabeça mas quando se começaram a ver apoiadas, a situação mudou. É claro que há alguns que nunca aceitam mas a grande maioria, adaptou-se muito bem. Ainda há dois ou três meses, receberam mais um bom dinheirinho. Pelo caminho que está a tomar pois neste caso até têm ajuda do Federal desde o primeiro dia além do provincial, dá-me a impressão que estão muito melhor acompanhados.
      Eu não sou optimista perante uma fatalidade. O que não sou é um pessimista. Analiso as situações.
      Um abração.

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  3. Mais uma bela reportagem, com fotos fantásticas. Também todas as explicações muito completas com que o Chico nos brinda.Todos sabemos mais do Canadá, graças a tudo o que nos vais relatando, com fotos como suporte.

    Uma palavra solidária para todos aqueles e são milhares, afetados pelo pavoroso incêndio. Algo de irreal. Havia uma esperança de chuva para fazer aquilo que humanamente parece impossível - derrotar o fogo.

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    1. Obrigado Quito, por teres passeado comigo.

      Estamos a ver imagens a toda a hora, e de facto é horrível.

      O fogo é o segundo maior perigo do mundo depois da água. Os países estão mal porque tiveram cheias e os países estão mal porque tiveram seca e o fogo não trava a água. É o desalento e a fome por causa da água. Enfim, temos que viver com tudo.

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  4. Gostei muito de ver esta zona ribeirinha duma cidade canadiana. A reportagem é muito boa e as explicações esclarecedoras. Uma maravilha o cuidado demonstrado com as andorinhas e, provavelmente, com os outros animais que por lá andam.
    Lamentável o terrivel incendio. O Viana acha que por lá há gato, um gato estranho. Eu também acho

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    1. É uma das zonas muito bonita, Ló. Quanto às andorinhas, são assim com todos os animais. Não se vê por hábito um gato ou um cão na rua. Os donos são responsabilizados.
      Já os animais defendidos como o esquilo, a doninha, o guaxinim e outros que apareçam, passeiam-se por todo o lado.
      Penso que não há gato pois até já tive experiência disso. Um fogo de chama azul, acima de mil e setecentos graus centígrados, batido pelo vento, não é bricadeira nenhuma. Vai à velocidade do vento.

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  5. Dei uma volta grande pelo Canal e só parei na Cabaninha!
    Estou encantada e mais rica com estas vivências.
    Aqui, só matam os pobres dos mosquitos...

    Quanto à tragédia que se abateu sobre as florestas e, principalmente, sobre as pessoas, toca-nos de forma muito emotiva!
    As causas, não tenho bases para poder dar opinião...

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    1. Também já comi nessa cabaninha algumas vezes. É aprazível.

      No que respeita ao fogo, a Celeste Maria já sabe o que penso pelos outros comentários. Vamos ter esperança na recuperação.

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  6. Belíssima reportagem e fotos muito boas ! sítios lindos para se dar um belo passeio em família ou com amigos.
    Obrigada, Xico, por partilhares.

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    1. Ai, o ADM não gosta desta Olga. :)
      Estavam aqui dois comentários da Olga pois "gostou imenso do post" e eu pûs a minha resposta no segundo que não vejo agora. Nunca pensei. Mas aqui fica a mesma resposta:

      Chico Torreiramaio 11, 2016 12:22 da manhã

      É um paraíso, pois até tem outras belas paisagens, Olga.
      Eu é que agradeço a volta comigo. :)

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  7. Chico esta postagem é fantástica não só pela imagens, mas também pelo conteúdo dos textos que publicas.
    O que nós ficamos a saber de muito que se passa por aí, não só, pela volta que demos contigo no passeio, admirando as paisagens e as condições logisticas que são dadas a quem utiliza estes circuiros, mas também pelos esclarecimentos dados em relação a esse brutal incêndio que está a devastar essa cidade Canadiana.
    Mesmo não que não tenhas dado a volta...ESTÁS COM UMA PEDALADA!!!

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  8. É verdade, obrigado por ter dado a volta comigo mas desta vez não fui... Recomecei a fazer bicicleta estática. O interesse foi mostrar uma excelente pista que existe por aqui.
    Quanto ao incêndio, pelo que disse o Carlos Viana, estou a ver que há informações que me deixam admirados pois não condizem com o que temos seguido. Com o tempo vai-se ver.

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  9. Isto é um luxo: passeio, cultura e informação, tudo junto, como na Bota Cansada... mas sem me cansar nos terrenos planos... inclinados... e sem sacrificar a minha sesta. Bem hajas, Chico.

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    1. Este passeio é uma maravilha e permite encontros excepcionais. Uma vez acompanhei um casal americano para os seus sessenta anos que andavam perdidos, eram professores universitários e faziam cem kms por dia. Tinham uma filosofia de vida fora de vulgar.
      Outra vez já estava cansado e vi dois bancos. Como no primeiro estava sentado um senhor já entrado, resolvi sentar-me no segundo. Um ciclista que vai com pedalada certa e que não vai em grupo para se revezarem, está um pouco cansado e ao sentar-me pûs a bicicleta atravessada à minha frente mas comecei a olhar a corrente como é normal. Então esse senhor veio ter comigo perguntar-me se eu precisava de alguma ferramenta pois até trazia a sua com ele. Era o ministro da educação do Quebec que quando foi "despedido", voltou para reitor da Universidade de Sherbrooke. Este é uma pessoa que entrava em todas as provas e circuitos da época. Era louquinho pela bicicleta. Isto foram só dois casos.

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  10. Já estive em Montreal, mas não andei no Canal Lachine. Depois deste post já não preciso lá voltar para andar no Canal!... De qualquer forma, também não sei andar de bicicleta!...

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    1. É simples, Alfredo Moreirinhas. Pôes-lhe dua rodinhas laterais a trás e quando chegares a meio do percurso, já não precisas delas. Boa viagem

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  11. Fort McMurray 1/2

    Pelos dados que consegui apurar, o fogo começou a 1 de Maio em cidades das redondezas de Fort McMurray tendo esses locais recebido ajuda terrestre e aérea.
    Se bem que procurem averiguar a origem do fogo, tudo indica que foi um problema humano.
    A temperatura rondava os trinta e dois graus centígrados e a humidade era de 15%.
    A evacuação de doze cidades foi dada em 3 de Maio dos quais alguns foram retirados para For McMurray. Como um incêndio de floresta está sujeito aos ventos, houve evacuados que a norte de For McMurray foram informados para ficarem aonde estavam e não avançarem para norte. Foi a cinco de Maio quando o vento virou e que queimou uns milhares de hectares em pouco tempo, que foi dada a ordem de evacuação de Fort McMurrai que por sua vez já tinha aceite uns milhares de evacuados das outras cidades. Como o vento mudou novamente, a cidade Fort Mckay que tinha evacuados de Fort McMurray, foi também evacuada a sete deste mês.
    Como se pode ver, uma evacuação não é previsível mas efectiva com as mudanças de ventos. Além disso, a grande maioria das pessoas só abandonam a sua casinha e haveres quando já não há chance nenhuma e não querem ir longe. Dizer-lhes dois dias antes para abandonarem quando o fogo ainda pode virar para outros lados não aceitam, pois a esperança é humana e tem que se aceitar.
    Para aqueles que nunca viveram um fogo de floresta, só num dia este avançou cinquenta e seis mil hectares.
    Fort McMurray e as cidades envolventes lutam neste momento com falta de água e produtos alimentares pois as companhias não vão lá abastecê-los.
    Deve ser por isto que os últimos evacuados apresentavam problemas gástricos, além dos pulmunares.
    Por outro lado têm como apoio mil e duzentos efectivos no combate ao fogo que têm que ser alimentados todos os dias e vão ter que ser revezados.
    Para evacuação receberam o apoio do Federal com dois monstros, um Hercules C130 e o CFB Trenton além de quatro helicópteros Grisson. O Federal está pronto a enviar mais material aeronáutico e de terra para o mesmo fim, se necessário.

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    1. Fort McMurray 2/2

      Também tomaram parte na evacuação vários aviões das companhias petrolíferes.
      No que respeita ao ataque ao incêndio estava a ser levado a cabo por vinte e sete aviões cisternas mais os helicópteros cujo o número vai variando conforme as necessidades. A aviação no local é tanta que tiveram que pôr um avião a servir de torre de control por cima da zona, para evitarem acidentes.
      De notar o risco que correm porque o calor nas nuvens que se formaram por cima do incêncio é tanto, que elas próprias criam os seus raios ou faíscas.
      Neste momento já estão a evacuar pessoas para a cidade Calgary.
      Os evacuados aonde chegam recebem alojamento, alimentação, roupa, calçado, produtos de higiéne pessoais, todo o tipo de apoio da saúde pública incluindo psicólogos, bilhetes para os meios de transporte, etc. São para cima de cem mil que podem ir acompanhados dos animais de estimação se tiverem, que também recebem todo o tipo de apoio. Só os que tenham animais exóticos é que são convidados a dirigirem-se a certos centros de acolho. Olha, olha, eu a dormir com uma cobra ao lado...
      Vários centros de lazer assim como jardins zoológicos como exemplo, dão entradas gratuitas aos evacuados.
      Pela dinâmica da evolução imprevisível de um incêndio de floresta exposto acima e que a maioria das pessoas não conhecem, o que é compreensível, ficamos a ver que não deve haver gato nenhum pois eles também o tratariam, nem que fôsse com um psicólogo para animais. :)
      Quanto ao incêndio vai continuar a arder durante meses, esperando-se que no local em que está não se aproxime de povoações. Se tal acontecer, lá terão que atacar e evacuar. Combater todos os incêndios no meio das diferentes florestas e nos locais mais dipersos, em países com dez milhões de kms2 é económicamente impossível. Nenhum país tem capacidade para isso.
      Por isso não me admira que o Brasil tenha visto arder uma área como Portugal. Não há país nenhum que possa resolver uma situação dessas. O único senão que pode ter havido, é se não tinham o control da localização das pessoas e quantidades.
      Espero que não haja mais dúvidas.

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    2. garanto que li tudo...
      O Carlos terá algumas dúvidas que fundamente.
      O Chico bom conhecedor deu as explicações que lhe pareceram adequadas.
      Mas sinceramente também não percebi muito bem a forma de debelar tal calamidade.
      E fiquei com a impressão que muitos dos habitantes não ficaram assim tanto alarmados. É que as reportagens que deram eram absolutamente alarmantes. É certo que o dinheiro ameniza muita coisa!
      Hoje em dia já nada as TVS mostram. Parece que está tudo normalizado!
      Ainda bem

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  12. Amanhã já vão distribuir cinquenta milhões de dólares pelos evacuados dos donativos já recebidos. Não é muito para cada uma mas para pessoas debaixo de um stress emocional muito forte, é um bom aconchego porque a pessoa começa a ver que está acompanhada.

    É isto que eu também admiro nestas gentes pois se bem que o dinheiro esteja lá, em muitos países recebê-lo-iam passados uns meses ou até mesmo um ano, dois ou mais tarde.

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