segunda-feira, 15 de junho de 2015

POSTALINHOS DA POLÓNIA

AUCHWITZ.
Hoje, o postalinho não é bonito.
Mas é para pensar.
A foto da entrada do Campo de Concentração onde foram exterminados (com registo) um milhão e trezentos mil judeus e mais umas centenas de milhares de ciganos, homossexuais, prisioneiros políticos... A legenda diz: "O TRABALHO LIBERTA".
As outras são de objectos pessoais dos judeus.




são latas de veneno que libertava o gás mortal quando em contacto com o ar.


fotos Daisy

10 comentários:

  1. Reviver memórias horríveis!
    Continuai e que o passeio seja agradável e... com boas memórias!

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  2. Por mais que se vejam imagens e se leiam ou ouçam relatos do que se passou, parece impossível mas há sempre algo de novo para nos ajudar a perceber o que se passou. Fiquei por momentos sem conseguir respirar, ao ver estas latas de veneno.

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  3. Desta vez não gostei da reportagem, sabem porquê.

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  4. Já todos nós vimos filmes, lemos livros, ouvimos debates, sobre o tema Holocausto e, dentro deste negro quadro da História, uma das maiores referências é Auchwitz.
    Já há muito que se percebeu que as viagens dos nossos amigos Daisy e Alfredo são muito mais do que simples viagens de turismo. O apontamento histórico que nos fazem é sempre mais aprofundado do que a ligeireza do conhecimento turístico.
    Mas, aqui, os nossos viajantes foram muito mais longe, visitando um local que pouco poderia acrescentar ao seu conhecimento Histórico, mas que lhes dava a noção de proximidade que só a presença física pode trazer.
    Foi assim que decidiram pisar o solo que muitos milhares de mártires pisaram, sentir e respirar o "mesmo" ar, ouvir os "mesmos" silêncios e... quiçá os "mesmos" gemidos. Olhar para milhares de sapatos de todos os tamanhos e diferentes modelos e neles poderem "ver" os pés que os arrastavam. Olhar aquelas latas de veneno, agora vazias, e "ver" corpos tombados a seu lado. Olhar os fornos crematórios e "vê-los" flamejando corpos contorcidos.
    Olhar à saída para o portão, por onde muitos entraram mas poucos saíram, com um arrepio misto de revolta e impotência perante o mundo cão em que vivemos.
    Parabéns, meus queridos amigos, pela vossa coragem e por connosco partilharem as imagens e não só.
    Bom regresso mas, antes disso, mandem postalinhos que vos desanuviem deste pesadelo.

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  5. Eu sempre insisto em assistir algum documentário, ler algum livro, até mesmo assistir a um filme que me remeta à uma época que sequer imaginamos o que, realmente, passaram aquelas pessoas nos campos de concentração.
    Olhos Azuis, um excelente documentário, é uma forma de NUNCA mais deixarmos que algum LOUCO repita o que ocorreu. No entanto, a gente pensa que isso nao vá mais acontecer, e vem outro e mais outro louco. Foi assim na Inquisição, foi assim....foi assim....e está sendo, em algum canto do mundo.
    O filme O Menino de Pijama Listrado é apenas uma amostra do que acontecia às crianças, inclusive. Mostra o modo como o preconceito, o ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as crianças em situações extremadas, como em campos como esse.
    O Livro OLGA, de Fernando Moraes, retrata parte da vida de Olga Benário, nascida na Alemanha (uma judia de classe média), que teve um envolvimento amoroso com Carlos Prestes - brasileiro. Foi deportada para a Alemanha, sendo entregue à polícia nazista.
    Infelizmente, nosso então Presidente do Brasil, Getúlio Vargas teve uma parcela de culpa em sua morte, em um campo de concentração. Morreu longe da filha que teve com Carlos Preste.
    Uma história emocionante, cujo livro reli por três vezes, e assisti ao filme.
    Enfim, é preciso reviver essas memórias, para que jamais sejam repetidas essas atrocidades.

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  6. Obrigado pela corajosa partilha que faz-nos pensar no horror que viveram milhares de pessoas nesse campo de exterminação.
    Nunca aí fui mas já estive com pessoas que aí foram e até se sentiram mal.
    Por outro lado convivi com pessoas mais idosas que eu que tiveram Auschwitz como "hotel" em pequeninos/as. Pelas minhas contas essas pessoas quando aí "habitaram" deviam rondar os dois a três anitos e o que mais me custou não foi só rever mentalmente o que lá sofreram como o que viram mas pior ainda: ver-lhes os pulsos numerados. Crianças a serem tratadas como se tratava o gado!!!! Uma pessoa arrepia-se quando vê.
    Não me admira que hoje seja ainda uma geração traumatizada pelo que sofreram, ou com o que os seus pais e avós lhes contaram, pois o pulso não os engana. Vivem numa insegurança total a pensar que tal pode-lhes voltar a acontecer. Quando vimos os pulsos, também nos fica para sempre.

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  7. Coloquei as imagens enviadas pela Daisy e o comentário que poderia fazer, seria pouco mais do que, palavras para quê, as fotos dizem tudo e talvez já tudo tenha sido dito...

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  8. O veneno era "Zyklon B" (nome de marca registrada), à base de ácido cianídrico, cloro e azoto, que provoca a morte em 20 agonizantes minutos. Deixavam-nos, depois, dentro das câmaras de gàs, mais 30 a 45 minutos, para terem a certeza de que ninguém ainda estaria vivo.
    No meio de tudo isto, o que mais me impressionou foi o plano estratégico de todas as instalações, desde a entrada no campo, onde davam a entender às pessoas que íam para ali trabalhar (daí o letreiro por cima do portão de entrada " O trabalho liberta"), e depois todo o esquema de montagem das instalações para mostrar à Cruz Vermelha que aquilo não era um campo de extermínio. Tudo muito bem esquematizado! Até banda musical os prisioneiros foram obrigados a montar, para mostrar o "saudável" ambiente que ali se vivia. Dentro dos pavilhões, tinham fogões de aquecimento que nunca funcionaram e serviam para fingir. Para mim, só era enganado quem queria, pois à volta de todo o campo havia duas enormes barreiras de arame farpado electrificado ligado 24h/dia. Era impossível fugir, mas, se alguém o tentasse, por cada um que o fizesse eram mortos 10, à frente de todos.

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  9. De novo neste convívio. De todas as fotos, esta impressiona pela brutalidade. Um monumento à maldade. Feras humanas ao serviço de um mensageiro do mal - um tal Adolfo.

    Aos amigos Daisy e Alfredo, desejo um bom regresso a casa ...

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