terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Desporto abaixo de menos trinta graus à flor da pele

No prosseguimento do Carnaval de Inverno da cidade de Québec deste ano, tiveram lugar Domingo passado as célebres travessias do rio Saint-Laurent em barco a remos compostos de cinco elementos em cada equipa, nas categorias de homens e senhoras. A particularidade é que a tão baixa temperaturas o rio apresenta-se gelado todos os anos, formando grandes blocos de gêlo originado pela quebra do mesmo derivado às fortes correntes da água e passagem dos barcos de médio e grande porte. Os atletas têm que ir de uma margem à outra e voltarem, fazendo face aos referido blocos de gêlo e às fortes correntes de água no local aonde não há gêlo. As energias dispensadas são tantas que nem notam o frio. Sendo muito populares estas travessias, estes atletas são autênticos heróis.

Equipa Volvo.
Equipa Bota Bota
As fotos acima foram retiradas da página 6 do jornal 24Horas de ontem.

Nem tudo é dureza, pois é com entusiasmo que treinam para a prova que vai ter lugar este mês em Montreal.
Equipa Cuisina du Qébec.
Outras equipas
As fotos acima foram retiradas das páginas 1 e 5 do jornal 24Horas de 11 deste mês.

15 comentários:

  1. Grande espectáculo!!!!
    É para os chamados homens de barba rija. Para mulheres talvez de pelo na "venta"!!!!
    Boas imagens!

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    1. Como espectáculo, Rafael, tem milhares de adeptos a assistirem. Vem gente do estrangeiro para assistirem ao Canaval de Inverno, corridas de barcos e dormem no hotel de gelo . Ainda são uns quinze barcos.
      Tanto os homens como as mulheres já andam a treinar há uns meses pois puxar um barco daqueles no meio de calhaus de gelo, não é para toda a gente. Frio não têm pois transpiram muito. Se notar os carapuços são como qualquer um que se usa aí, pois a cabeça aquece muito. Quando fazia bicleta tinha um caparapuço que só deixava ver os olhos e quando começava a aquecer, abria-o até aos quexos mas mais tarde, tinha que o tirar e continuava com um tira à volta da cabeça como os jogadores de tenis. A cabeça aquece tanto, que uma pessoa fica extenuada se não tiver previsto o que fazer. Aqui praticam-se muitos tipos de desportos de inverno.

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    2. Tudo isto me lembra a Festa da Agua em Phnom Penh, capital do Camboja! Corridas impressionantes de barcos, no perigoso Mékong!

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    1. Excelente comentário.:) Há mais quem diga o mesmo cá em casa.
      Para muita gente o ideal é ir à pesca sobre o gelo que tem que ter pelo menos sessenta centímetros de espessura. Alugam uma cabana com mesas e cadeiras, fogão de lenha e cama ao lado. Através do buraco no interior da cabana pescam, cozinham, comem na mesa e depois deitam-se sem nunca terem estado ao frio. Os que gostam do frio, levam o barbecue para assarem o peixe, fazem o buraco sobre o gelo, pescam e comem ao ar livre.

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    2. Chico, vimos esse triste espectàculo hà dias num programa de TV. Num Estado americano, milhares de pessoas invadiam um lago gelado, fazendo buracos por todo o lado, provocando uma poluiçao dos diabos. Visto de aviao, eram imagens impressionantes. Entao nao é mais saudàvel ir pescar nas margens do Sorraia?

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    3. No Canada as pescas estão regulamentadas. Excessos de buracos, o gêlo pode partir.

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  3. Realmente, Alfredo, há malucos em toda a parte, mas gostei de conhecer este desporto

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    1. É um desporto que exige esforço, Ló. Quanto a malucos, se lhes disser isso, dão-me como resposta que é muito mais perigos estar numa bancada a assistir a um jogo de futebol europeu. Têm sempre esta resposta pronta para dar.

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  4. Um desporto adaptado ao clima, realizado por homens que gostam de aventuras e emoções fortes!
    Cá também temos quem seja um entusiasta com as touradas, onde enfrentam o touro com valentia...
    Mais uma curiosidade das bandas do Chico!

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  5. Sem dúvidas, Celeste Maria, está absolutamente adaptado ao clima. Como vimos do tempo em que o estudo do francês era obrigatório, atrevo-me a deixar aqui a primeira quadra dos versos "Mon pays" (O meu país) de Gilles Vigneault com a tradução para os que não conhecem a língua de Molière :

    Mon pays ce n'est pas un pays, c'est l'hiver O meu país não é um país, é o inverno
    Mon jardin ce n'est pas un jardin, c'est la plaine O meu país não é um jardim, é a planície
    Mon chemin ce n'est pas un chemin, c'est la neige O meu caminho não é um caminho, é a neve
    Mon pays ce n'est pas un pays, c'est l'hiver O meu país não é um país, é o iverno

    Na realidade este desporto é um tipo de aventura forte como a tourada. Jamais esquecerei o dia em que vi um pegador dispensar os colegas e fazer a pega sózinho. Foi espectacular, só que o pegador e estes desportistas escolheram correr esses perigos e o touro, não teve possibilidades de escolha.

    Por aqui em desportos de inverno há muito mais e nós também nos habituamos.
    Há umas semanas que ao saír-mos para a rua, temos enfrentado temperaturas ligeiramente abaixo dos menos trinta à flôr da pele e hoje andava pelos menos quatorze. Como a temperatura estava a aumentar, o nosso corpo sentia calor e as pessoas andavam sem luvas, tiravam os chapéus e o casaco aberto. É claro que é um erro mas acontece inadvertidamente. Aqui fica mais esta curiosidade.

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  6. É verdade, Quito. Estas fotos saíram no 24Horas e vieram da Reuters. Foram muito felizes.

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  7. Por excepcional excepção, coisa rara e invulgar, estou em absoluta e total concordância com o Senhor Conde de Azurva, também conhecido por Senhor De Moreirinhas.
    Mas também, ainda e conjuntamente estou de acordo com a Celeste Maria, mais conhecida pela bela e Grande Castelã. Cada um escolhe as marradas que leva da forma que melhor lhe apraz!

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    1. Carlos Viana
      Boa. Fizeste-me rir neste momento.
      É um desporto como qualquer outro, pois aqui o frio é natural.

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