quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mosaïcultures internationales de Montreal 2013

Os Javalis da Ilha de Sally, não é mais do que uma obra dedicada ao meio ambiente criada por Sally Matthwes do País de Gales, verdadeiro génio. Criada em pleno jardim botânico de Montreal, a artista baseou-se nele para dar vida e movimento aos javalis a partir de materiais vegetais inertes existentes no local.
Estes novos guardas da Ilha de Sally transportam-nos junto dos espíritos da floresta que os perseguem.
A própria ordem das fotos abaixo dão-nos uma noção nítida do movimento dos cinco animais presentes nesta obra vistos de três ângulos diferentes e que o Quito muito deve adorar.



5 comentários:

  1. Assim em jardins e recreados em materiais vegetais inertes...está bem, porque nas "fazendas" e ao natural dão cabo de todas as culturas.
    Na minha terra, Penela e numa fazenda chamadas as Pontes, aparecem por lá.
    É por isso que há caçadas permitidas em determinados períodos para as caçadas aos javalis!
    A carne de javali faz parte de ementas em alguns restaurantes.
    Mas nestes jardins são agradáveis de ver e...apreciar!

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    1. Rafael,
      Conheci os javalis e em grandes quantidades, se bem que nunca nos tenhamos apresntado. Não compreendo a introdução de javalis em zonas como são os nossos campos, pois mesmo que os deixem nos pinhais eles não precisam de passaporte para passarem as fronteiras que lhes impõem.
      Acredito que no passado tenham havido javalis em Portugal mas uma vez que tinham desaparecido e há muitos noutros locais, penso que é um exajero.
      Dentro da minha forma de ver, não serve para mais do que para estragar a vida a quem cultiva. Espero que o governo lhes pague os prejuízos pois habitualmente só compreendem quando lhes dói.

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  2. Enquanto vou alinhavando algumas reflexões sobre os fogos florestais, dei agora com esta bela postagem. De facto, estes javalis feitos de materiais inertes, são muito bem concebidos. Há uma sensação de movimento genial, para quem olha para as fotografias. Estive a observar demoradamente o conjunto e realmente é brilhante.

    Por aqui, há muitos javalis. É um bicho arguto, que ataca as propriedades de noite, dando cabo das hortas com o seu focinho de pontiagudo. São mais os prejuízos que causam, do que o que comem. Por vezes há batidas aos javalis, a que se chama "correção de densidade" de javalis. É necessária uma licença especial e uma listagem de caçadores para o abate. São sorteadas "portas" onde cada caçador se situa, sem que possam sair do local que lhes é destinado.Depois, em determinada zona, juntam-se os batedores com tudo o que faça barulho, como tampas de panela a bater, por exemplo, que vão progredindo no terreno paralelamente e espantando os javalis para junto das portas, ou seja, a ratoeira. Pessoalmente não gosto da carne, mas cá pela zona tem muitos apreciadores. A munição de abate é o zagalote, pois este animal tem uma pele muito dura de perfurar. São o pesadelo dos agricultores.
    Abraço

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    1. Quito
      Há lá expositores aonde eu teria ficado longo tempo e este é um deles mas queria dar a volta. A noção de movimento é de artista. Talvez ainda lá volte antes que feiche. Prefiro espectáculos destes.
      Fui a várias caçadas aonde se apanhava de tudo, se bem que eu fôsse mais para admirar o meio-ambiente da bicharada.
      Francamente, fartei-me de rir com essa dos tachos. Não sou adepto de esse género de caça pois os animais devem ser caçados com respeito e caso fiquem feridos, devem ser perseguidos até serem encontrados vivos ou mortos, nem que leve horas a encontrá-los. Jamais abandonar o corpo de um animal na floresta. Só que aí floresta não existe e o animal é mais fácilmente descoberto. A dos tachos parece mais a época do Pinochet ou das manifestações estudantis daqui. Vai-se sempre aprendendo e esta foi engraçada.

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  3. Chico
    As batidas são mesmo assim. Mas devo dizer-te que o javali é um animal protegido. Apenas em batidas é autorizada a sua caça. Por vezes são uma praga e destroem numa noite o que um agricultor fez em meses. Não há espantalho que valha, latas a bater ao sabor do vento ou bolas de naftalina espalhadas no terreno. Os agricultores, por vezes, perdem a cabeça e vão de noite para as hortas de canhão em punho. Passam lá várias noites, todos mordidos dos mosquitos e na 3ª ou 4ª noite, cansados, vão dormir. Pois é nessa altura os javalis vão lá e destroem tudo. Têm um olfato apurado e detetam a grande distância o ser humano. É um bicho esperto. Geralmente andam de noite. Os animais mortos em batida são para consumo. Por vezes, a sua carne é doada para instituições, que a cozinham para os utentes.
    As batidas são rigorosas. Nada é feito ao acaso. A tal listagem de caçadores que se apresenta a convite de alguém, para além do nome, tem que estar habilitado com licença de caça e licença de porte de arma. Por alguma razão, a caça ao javali não é caça em si, mas "correção de densidade", por forma a defender os agricultores e os seus terrenos de cultivo.
    Abraço

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