sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

UM NATAL QUE NUNCA ESQUEÇO


Vindos do andar de baixo a Emilia aspirava os cheiros do Natal próximo. 

As fragrâncias das couves e do bacalhau a cozer, as dos coscorões, das azevias, das filhoses, dos sonhos, fritos e polvilhados com canela, subiam a escada e chegavam-lhe às narinas numa almálgama de aromas natalícios que lhe lembravam a festa que nessa noite iria trazer a sua casa familares e amigos.

Olhava uma vez mais o abat-jour com flores azuis que oscilava por cima da sua cama e sonhava com a madrugada seguinte em que o Menino Jesus deixaria, debaixo da chaminé, a prenda que ela lhe tinha pedido numa carta que um mês antes entregara ao seu Pai.

Ela imaginou o andar de baixo, como a Terra e que ela, no andar de cima, se encontrava no Céu.


Não a deixariam descer ao rés-do-chão, por causa da doença, mas ela acordaria a Mãe, bem cedo, para lha ir buscar.


Apesar dos pais a terem tentado dissuadir, por ela se encontrar muito doente, não abdicou mesmo assim de pedir uma bicicleta.

A Emilia nos seus dez anos de idade, estava, desde Agosto, acamada e muito doente. 
Os médicos já tinham explicado aos pais que ela não duraria muito, mas nenhum pai, nem especialmente nenhuma mãe, desistem da esperança de que os médicos estejam enganados.

No dia de Natal à tarde fui com os meus pais a casa da Emília onde costumavamos passar muitos fins de semana. A casa era mesmo junto à linha da Lousã, na Casa Branca e a amizade entre as nossas famílias resultava do facto de o meu pai fazer a escrita do pai da Emilia, que tinha uma estância de madeiras perto das Nogueiras. 


Subi ao primeiro andar, dei um beijinho à Emilia, que me estendeu a mão branca de cêra, e me sorriu de olhos encovados e pisados.

Eramos da mesma idade e tão amigos!

Quantos sábados deambulámos pelo pinhal da encosta próxima da sua casa, a apanhar espargos, picando as mãos nos espinhos, para depois a sua mãe os cozinhar com ovos mexidos!
Recordei as nossas férias em Buarcos, dos passeios de mãos dadas na areia molhada da praia a ouvir o marulhar das ondas e a rirmo-nos e arrepiarmo-nos com a espuma gelada da água que nos molhava os pés.
Tudo isso me veio à memória sentado na beira da cama da Emilia, orando em silêncio a Deus para que curasse depressa aquela minha única e grande amiga.

Já me tinham dito que a leucemia de que padecia a levaria à morte muito em breve, mas eu não compreendia que Deus pudesse ser assim tão injusto e acreditava que a Emilia haveria de voltar a calcorrear alegremente comigo as veredas do pinhal que tão bem conheciamos.

No dia 1 de Janeiro seguinte,voltei a subir ao andar de cima para a ver, pela vez derradeira. 
Ainda hoje guardo essa imagem da minha querida amiga, deitada de costas, as mãos postas sobre o peito, de olhos fechados, poucos minutos antes de ser realizado o seu funeral para a Conchada onde ainda hoje visito os seus restos mortais, na Capela Mortuária, quando lá vou.

Não estou certo, mas na minha inocência infantil, pareceu-me, nesse fatídico dia de Ano Novo, vê-la esboçar-me um leve sorriso antes de a levarem para o cemitério.
A Emilia nunca chegou a andar na bicicleta que o Menino Jesus lhe trouxe pelo Natal...


Rui Felicio

33 comentários:

  1. O Rui Felício regressou ao passado. Ao seu passado. E hoje, num texto profundamente comovente, conta-nos a história de uma menina da sua infância que partiu. Mas ele, o Rui, Homem de afetos, jamais a esqueceu. Hoje, compartilhou com os amigos, este episódio trágico. Numa linguagem tão simples quanto escorreita, depositou-nos na palma da mão, a rude face do Destino. Não encontro atenuantes para a morte. Não encontro desculpas para a morte. Muito menos, nos olhos e no sentir puro de uma criança.
    Esta época natalícia, é sempre o reabrir de uma qualquer chaga. A palavra ausência, de mãos dadas com a saudade, assumem proporções gigantescas ...
    Uma manhã, como noutras manhãs, no meu Choupal, o Vale levou o leite da vaca para eu beber, como fazia todos os dias, era eu tenra criança. Depois, foi ajudar a outras lides. O trabalho era descarregar pipas de um camião, através de duas tábuas paralelas que iam do tablado ao chão. Então uma pipa, descontrolada, escorregou e apanhou o Vale em cheio, que logo ali perdeu a vida. Hoje, ainda hoje, lembro o Vale e a amizade que tinha por mim.
    Não te dou os parabéns por este texto, Rui. Vou ter, no futuro, muitas oportunidades de o fazer pelo fluir do teu pensamento e da tua escrita.
    Hoje,neste momento particular, em que me avivaste a memória, dou-te um sentido abraço .

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  2. Um texto que não no deixa indiferentes ao lê-lo!
    Conto real que o Rui partilhou connosco e que tal como diz jamais esquecerá!
    Um abraço Rui!

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  3. Esta recordação nunca me abandonou ao longo da vida.
    A história passou-se tal como eu escrevi. E, propositadamente, escolhi uma linguagem simples porque foi com a simplicidade infantil que a vivi.
    Apenas o nome escolhido é fictício por respeito à memória da minha amiga que se foi tão cedo.Com o avanço da medicina, possivelmente não teria perecido se fosse hoje...
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    Oito anos mais tarde, dei explicações à sua irmã, quatro anos mais nova do que ela.
    E, hoje mesmo, antes de escrever esta singela quão trágica história,telefonei-lhe a perguntar se o poderia ou deveria fazer, obtendo o seu consentimento.
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    Trata-se da Fernanda do Céu Gonçalves, actualmente a viver em Bordéus, mas que foi durante muitos anos funcionária dos CTT.
    Sei que o João Ferreira e o Jorge Carvalho se lembram dela porque já em tempos falámos sobre isso.
    O que não saberiam é do que aqui relato.
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    O Natal é tido como uma quadra de felicidade e harmonia. Mas nem sempre foi assim. Nem sempre é assim ainda hoje...
    Se de um exemplo ilustrativo precisasse, bastaria recorrer àquele que o Quito nos revela no seu comentário.

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  4. Penso que também conheço muito bem a Fernanda...só que era conhecida mais pelo nome Fernanda associado ao do então marido!
    Ressalvo se era a mesma Fernanda, mas sendo dos CTT onde também trabalhei e estando actualmente em Bordéus...
    Fizemos algumas excursões juntos a França( que ela organizava) e nas quais também ia o Jorge Carvalho( pertenciamos ao Grupo de Danças e Cantares dos CTT).
    Morava ja depois de casada na Casa Branca

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    1. A Fernandita... grande companheira de farras... digo, de espectáculos do GDC-CDCR-CTT-C (que eu baptizei, por preguiça, de... «Coiso»).

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    2. Continuamos em contacto, graças ao Facebook.

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  5. É essa mesmo Rafael.
    Gonçalves é o seu apelido de família e sei que depois de casada viveu na Casa Branca num prédio que, curiosamente, foi construido mesmo ao lado da estância de madeiras que foi do seu pai.
    Lembro-me de ter sido uma das minhas explicandas que recuperou em pouco tempo o atraso das notas escolares que trazia quando foi para as explicações.
    Tal como a Ana Maria Arrobas que também passou por minha casa nessa altura.
    Orgulhava me do sucesso destas miúdas, obtido à custa de muito trabalho de ambas...

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  6. Rui Felício, este texto não deixa ninguém indiferente e a mim vieram à memória lembranças da minha terrível infância. Como muitos sabem, a minha Mãe morreu tinha eu 3 anos e não a vi "deitada de costas, as mãos postas sobre o peito, de olhos fechados", porque não me deixaram, mas algumas, esfumadas imagens me ficaram quando me deitava ao seu lado na borda da cama! São coisas que nunca mais esqueceremos! Compreendo pois, muito bem o que ainda hoje sentes recordando a tua amiga.
    Abraço

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    1. Se calhar foi extemporânea e desadequada esta minha lembrança do Natal que, supostamente, é uma festa de alegria.
      Se já me comovi ao escrevê-la, um nó na garganta se me formou e que custa a desatar, ao ler o comentário do Alfredo

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    2. Falando por mim, Rui Felício, agradam-me bem mais estas "lembranças" do que a «chapa 5» destas épocas. E gosto sempre de as ver pela positiva, mesmo que tal pareça impossível. O meu Pai faleceu de cancro há 25 anos. As saudades que eu tenho dele dão-me para tentar viver com os princípios e valores que eu sei que ele quereria que eu tivesse sempre presentes.
      Vivamos o presente... e o passado faz parte do "presente de Natal".
      Abre aço!

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    3. De maneira nenhuma Rui! Gostei muito do teu texto e ter-me lembrado da minha mãe ao lê-lo, até foi bom embora tenha ficado comovido! Sofri muito a sua falta quando criança, mais por não me conformar o porque é que Deus me tinha castigado daquela maneira! Hoje estou conformado, mas esquecê-la, não posso nem quero!
      Estou de acordo com o Paulo Moura, agrada-me mais o teu texto, do que as histórias lamechas feitas a metro da época de Natal!...
      Obrigado Rui!

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  7. Tenho que voltar aqui.

    Este texto, escrito com a simplicidade de só quem o sabe fazer, traz subjacente a amizade bela e comovente entre duas crianças que se separaram.

    Neste turbilhão em que andamos, neste jogo de aparências, comodismos e interesses, por vezes nem nos apercebemos dos valores essenciais da vida.

    Precisamos, por vezes, muitas vezes, de uma bofetada do Destino, para entendermos quem somos e para onde vamos.

    Como diz a canção "Natal é quando um homem quiser".

    O Natal, é, para mim, a glorificação dos simples. A visão do Menino Jesus, deitado em berço humilde e despido, mais não é, que essa mensagem de despojamento em contraponto com a opulência e a riqueza.

    A nossa fortuna, jamais estará no dinheiro que temos ou não temos. Haverá dinheiro que o Felício pudesse pagar, para ter os seus pais no próximo dia 24, sentados à sua mesa de Consoada ? Não. E eu a minha mãe, que de forma tão violenta, partiu ? Também não.

    Natal é amor. Natal é a esperança e o nosso compromisso de sermos solidários uns com os outros, em tempos difíceis ...

    Natal, não são multidões acotovelando-se num hipermercado, a ver quem leva a maior boneca de plástico para casa, para oferecer a uma filha ou a uma neta. Ou um boneco de aspeto bélico, empunhando uma metralhadora, numa espécie de exercício de caça ao semelhante ...

    Natal é PAZ. Natal é convivermos à volta de uma mesa e, em momentos de recolhimento, recordarmos os que já nos faltam.

    Natal, é este texto do Rui Felício ...

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    1. É mesmo isso, Quito. Abre aço!

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Concordo com o Quito e digo que seria uma pena que o Rui se inibisse de nos dar a conhecer tão belo, embora triste, texto!

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    4. A morte é um tema da vida e será sempre oportuna!
      Eliminei o meu comentário apenas para o sintetizar...
      O Natal é uma festa em que nos juntamos como diz o Quito...entendo-te e concordo.
      Mas,por outro lado,é um período em que muita hiprocrisia se passa em nome desse Amor e Solidariedade à escala de todo o mundo que celebra o Natal.Fazem-se tréguas nas guerras que todo o ano chacinam pessoas,etc,etc,etc...isto é amor? É fingimento nojento.

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  8. Que belo regresso do Rui!
    História deveras emocionante e com toda a afectividade de quem a escreve...
    Gostei muito embora tivesse feito o paralelismo com o meu sobrinho Paulinho que aos 8 anos morreu com essa mesma doença,no dia do meu aniversário.
    Emocionei-me bastante porque a sua vida,doença e morte nunca mais me sairam da memória...
    Emilia e Paulinho são duas pessoas que "viverão" uma contigo e outra comigo até ao nosso derradeiro momento.
    Bem-hajas,Rui!

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    1. A alegria em viver continua!
      De outro modo,já todos teríamos sucumbido...
      Continua a dar-nos o prazer da tua escrita!

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  9. A tua Emilita partiu, assim, sem se compreender, principalmente quando se é criança!
    A leucemia também atingiu um sobrinho com apenas 8 anos e foi muito doloroso para todos nós, tendo o mesmo final da tua amiguinha.
    A época natalícia propicia estas recordações, mas também outras mais pueris e engraçadas.

    Durante a minha infância íamos sempre para a moradia da tia Joaquina, nos Carritos, Figueira da Foz, onde nos juntávamos com mais 13 tios, os avós maternos, e os vários primos que iam nascendo e compondo a família!

    Enquanto a avó fritava os velhoses, sentada num banco, com um pano sobre os joelhos e moldando os bolinhos que deitava no azeite fervente da frigideira pousada sobre a máquina de petróleo,nós preocupávamo-nos com a hora de ir pôr o sapato na grande chaminé, onde, num fogão a lenha, se cozia o bacalhau, as batatas, as couves.

    Assim, em determinado ano quisemos fazer uma árvore de Natal para além do presépio mas, não tivemos apoio...
    Enfim, lá nos resignámos e deixámos os sapatos no local do costume.
    Logo pela manhã, bem cedo, corremos em busca da prenda e...NADA!
    Ainda me lembro da desilusão sentida e nem pestanejávamos.

    Claro que os adultos, perante a nossa tristeza, nos sugeriram procurar onde teria o Menino Jesus deixado o presente e encaminharam-se para a linda estufa, com as avencas alinhadas em prateleiras e a fonte com um Santo António.

    Eis que sob um alto pinheiro, brilhando com fios prateados e bolas coloridas, lá se encontravam as nossas prendas!

    A partir daquele ano sempre se continuou a fazer a árvore de Natal, mas, para mim, sempre me faltou o calor do fogão da cozinha.

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    1. A Celeste com tanto jeito para escrever também deveria partilhar connosco a sua escrita!

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  10. Obrigado por esta prosa de afectos.
    Um Abraço.
    Tonito.

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  11. História triste e comovente que me trouxe recordações que eu não queria relembrar! São casos da vida que pensamos sempre que nunca nos tocarão, mas que infelizmente quando nos batem à porta é com revolta e incredulidade que quase os queremos rejeitar!
    Tocou-me e comoveu-me muito este teu texto Rui!Foi infelizmente por casos como este e outros tão trágicos e tão dramáticos que marcaram a minha vida, que o Natal para mim há já muito tempo deixou de ser uma época de Alegria, de Paz, de Família! Como o poderia ser se as pessoas que eu tanto amava já cá não estão?
    Eu, que sou leitora assídua de tudo o que escreves, pela primeira vez arrependi-me de o fazer....estou emocionada, estou triste, estou de rastos! Desculpa Rui a minha franqueza mas nestas alturas fico mais sensível... no entanto obrigada por teres publicado este doce mas tão comovente texto!

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  12. ...e este ano o Coro dos Matulões nem tem almoço para entoar o seu É NATAL, É NATAL SE Não É QUE...Carlos Carvalho feito Menino Jesus É!
    E o Rui Felíco que tanto gosta de renas!!!!!

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  13. Não me conformo Rafaelito!!!!!
    Como é que vou passar sem este maravilhoso coro entoando com tanto sentimento as bonitas e apropriadas canções desta época Natalícia? E o regalo para o "olho" que é ver-vos meus queridos amigos, vestidos de Pais Natal? E o alvoroço com que esperávamos a distribuição das bonitas e valiosas prendas?...Não, não me conformo...adiei a minha ida para Lisboa para no Sábado estar presente e estar convosco, e afinal...nada! Era este almoço que alimentava o meu Natal e até isso me tiraram...Sinceramente tenho muita pena...mas o que é que ganho em me lamentar!!!!!

    APROVEITO PARA ENVIAR A TODOS A QUEM AINDA NÃO FIZ, OS MEUS VOTOS DE FESTAS FELIZES!!!!
    SANTO NATAL...BOM ANO!!!!




    Penso que não serei só eu a lamentar mais este desaire e sinceramente estando já à cerca de oito dias trinta e tal inscrições feitas, o que é que levou a que se anulasse este almoço de confraternização!!!

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  14. Esta memória do Rui, embora triste, deixa-me uma esperança: que daqui a uns anos, haja um Amigo a lembrar também, com esta ternura, o meu Filho.

    Como a Teresa Lousada, nesta altura fico 'perdida'...o meu Menino Jesus de há vinte e quatro anos tirou-me a primeira prenda mais bonita que tive na vida.Mas gostei ainda mais de te ler, Rui.

    Um beijo grande!

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  15. Teresa Bizarro
    Perante o teu comentário, tinha que voltar aqui. Não te quero dirigir nenhuma palavra, porque neste caso as palavras têm pouco sentido. Apenas te quero dar, um grande abraço. Um abraço muito amigo ...

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  16. À boleia do Quito e pensando exactamente como ele, nada digo.
    Limito-me a um beijo e um abraço à Teresa que mais do que as palavras lhe dirão o meu sentir.

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  17. Obrigada, Quito e Rui: o vosso abraço aqueceu-me a alma!
    Ontem, que o meu filho do meio fez anos, estava ainda pior...

    Esqueci-me até, de um episódio que me aconteceu há umas semanas e que me deixou feliz (se é que se pode) nesse dia: na sala de espera do Centro de Saúde, encontrei uma senhora que morou no BMC, cuja filha foi colega do meu filho Mais velho.No meio da conversa, ela disse-me que pouco tempo antes, pelo aniversário dele, a filha lembrou-o e conversou sobre ele com a Mãe.

    Acredito que, para a irmã da 'Emília', seja tão gratificante quanto é para qualquer Mãe órfã, tantos anos depois haver quem lembre e fale dos nossos amores...

    Desculpem a pieguice.Um beijo grande para os dois!

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    1. Não é pieguice! É afecto, ternura e amor!...
      Um beijo Teresa

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    2. Toma lá mais dois beijos, Teresa: um meu e outro lésbico, da São Rosas.

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    3. Teresa um beijo grande!
      Piegas é que não és....uma mulher cheia de amor e afecto pelos filhos.Em suma, uma Mãe maravilhosa!

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  18. Também eu não sou exceção. Emocionei-me com o texto do Rui e com alguns comentários. Uns dias antes do Natal perdi a minha mãe antes de completar 4 anitos. Como eu te compreendo Alfredo! Foi tão difícil! Mas...vivamos o presente, não é Paulito?
    Um xi coração para todos com muito carinho

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    1. É isso, Lenita.
      Como cantam os Monty Python, «Always look on the bright side of life» (olha sempre para o lado luminoso da vida).
      E quanto mais custar, é quanto mais se deve tentar.
      Um beijo.

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