terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Queda brusca da criminalidade

na Província Canadiana do Quebec.

A Província do Quebec tem levado a efeito todo um conjunto de programas para baixar o nível de criminalidade que se tem feito sentir nos últimos anos. Para tal têm utilizado imenso os médias escritos, falados e televisivos, não só com propaganda a fim de alertar para situação mas também palestras e mesas redondas sobre o assunto. Tem sido um trabalho incansável aonde a aproximação junto do público fazia prever um efeito irrefutável.
Aconteceu que os procuradores há muito que vêm avisando para este facto e outros, pelo que hoje entraram em greve pelos outros.
Finalmente... não há criminalidade.

14 comentários:

  1. Boa,Chico.
    Uma das coisas de que gosto nos teus escritos é a informação real do que se passa nas tuas paragens.
    Garanto-te que me sinto melhor informado por ti do que por um artigo de jornal ou uma notícia de televisão.
    Tu descreves assuntos reais e a forma como os vês.
    Que melhor informação pode haver?!
    Obrigado.
    Um abraço.

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  2. Chico Obr mas achei piada ao teu post.
    Durante a tarde fui contatado pela policia judiciária de Braga e indo diretamente ao assunto .Hoje fizeram uma busca á residencia de um Romeno, vários agentes da PJ.Parece que nos ultimos tempos tem sido um inferno em roubos,residencias ,lojas,e geralmente á mão armada.
    Na busca encontraram dois cartões de credito um meu e outro da Ana.
    Então é assim:recebemos uma carta do banco com o n. de código,geralmente vêm 1 a 2 semanas antes dos cartôes.A minha empregada nem todos os dias vai á caixa de correio.Num desses dias ou "noites"o tal romeno veio á caixa de correio e roubou os envelopes com os cartões.
    Mais uma forma nova de roubo serve tambem de aviso a todos
    Abraço

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  3. Parabéns Chico.
    De facto, tens tido a preocupação de nos dares a tua visão da vida pela terra e país que habitas.Leio sempre com muito agrado e atenção, por vezes até incrédulo, pois, por vezes, a ideia que eu tinha de algo, nada tem a ver com a realidade que nos contas. Assim foi, por exemplo, há algum tempo atrás, sobre problemas relacionados com o sistema de saúde canadiano, e também com a exclusão social ...
    Abraço

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  4. Estás sempre atento ao que se passa aí pelo Canadá nas diversas facetas do quotidiano, sejam politicas, sociais, financeiras ou outras e que dizem respeito á vida de todos os Canadianos!
    E nóa vamos sabendo o que se passa por aí!

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  5. Ora aqui está uma "queda brusca" desejável.

    O combate à criminalidade, o único eficiente e duradouro, tem de passar pelo combate à pobreza, ao desemprego, à exclusão social.
    Este é o combate que, por aqui, se tem de travar.
    Ainda bem que, meu caro Chico Torreira, por aí o problema está resolvido.
    Quem nos dera!

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  6. Rui Lucas

    Tento dar a conhecer pois vinha notando um desalento da nossa parte em relação ao nosso país, só que o mal é mundial. Por outro lado estou convencido que há muitas pessoas que não se atrevem a falar porque não estão dentro do que se passa nos países ditos, mais avançados. Tento desmistificar estas duas situações dentro dos meus conhecimentos e mostrar como cá fora as resolvem. Se todos os ex-habitantes do bairro que passaram a fronteira falassem dos seus locais e vida social, assim como dos assuntos do nosso país pelos que aí vivem, todos nós ganharíamos muito.
    Ao princípio não estaria em condições de o fazer até porque desconhecia a mentalidade destas gentes com toda a carga histórica e social.
    É claro que no caso específico deste artigo, estão a lutar por melhoria de salários uma vez que ganham menos 40% que nas outras províncias e também porque têm falta de duzentos procuradores. Só que quando voltarem ao trabalho, não vão ter o desejado nos dois casos até porque a vida nesta província é mais barata mas vão conseguir algumas melhorias.
    Aqui, é o governo através das escolas que ensina às crianças no segundo ou terceiro ano do secundário, que quando o pessoal vai para uma greve já perdeu condições.
    - Tento apresentar as notícias de forma independente e como as vejo, porque já passei por quatro sistemas de governar diferentes, nos quais duas democracias. No entanto, pode haver quem não esteja de acordo, o que é absolutamente correcto. Às vezes até dá origem a trocas salutares que nos fazem pensar. Só que não penses que não noto no que se passa aqui pois daí também trouxe do bom.

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  7. Carlos Freire

    Lamento o que te aconteceu, é inquietante. Obrigado pois não conhecia esse sistema assim como por o teres exposto. Por aqui eles entram directamente nas casas. Todos os dias aparecem casos destes nas notícias, sendo os sexagenários e mais, os seus principais alvos durante a noite. São muito mal tratados se não fôr pior. Utilizam muito o sistema de telefonarem antes de entrarem na casa escolhida. Se a pessoa não atende, não está em casa e podem entrar "descansados". É certo que no meu visor vejo logo quem me telefona mas eles podem estar a telefonar de uma cabine pública. A minha porta já apareceu várias vezes com marcas, mas até agora nunca conseguiram entrar. Faço o possível por seguir as recomendações da polícia e seus especialistas. Nunca fiar.
    Um abraço

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  8. Quito

    Para te falar do que se passa na saúde, tenho que entrar num campo diferente. Aqui há dois partidos básicos e um outro que vai sendo substituído: o PQ é pela independência do Quebec e que quando chega o referendo que só obriga a 51%, tem tido problemas. O outro, o Liberal, é pela manutenção no sistema federado. O PQ é composto de pessoas das mais variadas visões políticas que se uniram para o mesmo fim e até os compreendo históricamente. Só que se o PQ obtivesse a independência, no após, esse partido desfazer-se-ia em vários partidos pois até andam sempre a deitar abaixo os seus chefes derivado às divergências de visão: os Liberais voltariam ao governo com uma superioridade imensa; e depois? Voltar-se-ia a entrar no Canada!? Por outro lado, também não compreendo o PQ, porque da 1a. vez que esteve no poder baixou os salários de 20%. Na 2a. reformou 15.000 empregados públicos, baixando as inscrições nas universidades incluindo o campo da medicina. Estás a ver: ficaram sem muitos médicos e enfermeiras mas também sem possibilidades de os recuperar, para mais neste sistema aonde a medicina é socializada, clínicas e hospitais. Isto está a fazer com que certos médicos andem "estourados" ou não utilizam todos os seus recursos. Os operadores têm um dia por semana para operarem e nesse dia muitas vezes ainda têm de andar a correr para apanharem a sala à frente do outro, como aconteceu com a minha filha que entrou de rompante na sala de operações. Há os primeiros operadores a abandonarem o sistema pois dizem que têm muito tempo livre para operar que não utilizam perdendo dinheiro e experiência. Entrretanto, milhares de doentes na bicha. Como o dinheiro está caro, agora um doente para ir a um especialista, tem que ter um relatório médico. Se o médico não estiver de acordo, o doente não tem chance. Um caso que conheço e que conseguiu excepcionalmente furar o sistema, o especialista tratou-o pois o doente tinha razão. Enfim, vamos a ver o que vai dar. Uma coisa é certa: o PQ tem que se convencer que não é com fel e vinagre que se apanham moscas. O actual no governo, o Liberal, é muito superior económicamente mas está cheio de escandalos nas costas mesmo que possam não ter culpa. É aos tribunais de decidirem.
    Na exclusão social, penso que falas dos sem-abrigos de que ainda hoje publiquei um artigo no Aaaqui. É diferente. A nível governamental tudo tentam direta ou indiretamente, apoiando fundações, etc, para os recuperar. São pessoas com problemas dos mais diversos parâmetros, alguns que nem nos passa pela cabeça e não aceitam ajudas. Na realidade, são pessoas que sofrem muito. Também há os que andam nessa vida porque adoram a liberdade plena e entre esses há gente "muito culta"!!!!!!!! É muito complexo.
    No que respeita às outras exclusões como tem vindo a acontecer aí com os cabo verdeanos, depois com os romenos e actualmente com os chineses dos que me lembro no campo de oferta de emprego, aqui acontecia o mesmo até há uns anos. Só que para ultrapassarem tais situações, criaram uma lei de descriminação positiva que tem vindo a dar muitos bons resultados.
    De notar que tudo o que escrevi, é respeitante ao Quebec.
    Também gosto de ler os vossos comentários sobre os diversos assuntos daí.
    Entretanto a neve vai caindo.

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  9. Rafael
    Como dizem os políticos que vêm cá meter no bolso umas despesas de deslocação* e que foram eleitos por portugueses pois eu para isso não sou ouvido, nem sei se me consideram de segunda ou terceira classe, dizem para nos embrenharmos nos problemas daqui..., não fique admirado. Eu é que continuo com o cordão umbilical ligado aí. Também é bom que vá sabendo umas daí como as do club do CNM que me deram uma satisfação muito grande e outras como o comboio superior ao TGV, que ia a tanta velocidade que até perdeu os carris. Por cá também há idêntico.

    * Escrevo assim pois pelos vistos vêm cá e não aprendem nada. Só vêm ensinar.

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  10. Carlos Viana

    É verdade. Resolveu-se um grande problema temporáriamente. O problema vai ser quando voltarem ao trabalho. Já vão haver criminosos outra vez.
    No que dizes no teu segundo parágrafo, aqui houve-se exatamente as mesmas palavras. Quanto a um tipo de pobreza, acabam de dar um passo em frente a que me refiro hoje no meu blogue. Estou convencido que foi um grande passo.
    Quanto à exclusão como a dos chineses, cabo verdeanos, romenos e outros, expus no meu comentário para o Quito Pereira. No nosso caso, penso que também é originado pelas dificuldades criadas pela recessão. Em todos os países os maus, são aqueles mininos aqui ao lado. É psicológico.

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  11. Subscrevo por inteiro aquilo que diz o Carlos Viana.
    Não é por acaso que a criminalidade no País dos "brandos costumes" como tem sido apelidado Portugal,esteja em acelerado ritmo de crescimento.

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  12. O meu contributo pessoal em relação ao roubo
    a que fui sujeita,neste nosso pacato bairro...
    Durante a tarde,no espaço de 2 horas,enquanto
    fui ao cabeleireiro,alguém partiu um vidro da janela da parte de trás e roubaram o que lhes apeteceu...
    Não havia impressões digitais.Que foi? Não se sabe.Processo arquivado,claro.
    Assim,o sossego vai acabando e o medo se vai instalando!
    Os problemas sociais graves motivam cada vez mais...

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  13. Rui Felício

    Também estou de acordo, só que aqui quando não se trabalha, não se ganha, quer sejam fins de semana, feriados, férias ou greves. O salário anual tem base em duas mil horas de trabalho/ano. Chega-se a isto: uma pessoa que vá a tribunal depôr, o tempo que lá estiver mais os cálculo para viagens, é pago pelo tribunal e não pelo patrão. Há muita gente a cantar, mesmo os juízes que podem ir esticando certos afazeres mas tudo depende da duração. Penso que não deve durar muito se bem que estejam a manter os serviços essencias, de acordo com a lei pois se saiem da lei e causam prejuízos a terceiros, até os outros cidadãos que estão sindicalizados noutros ramos, os metem em tribunal. Foi assim que o sindicato dos serviços de tranportes urbanos de Montreal que fez uma greve "espontânea", teve que pagar dois milhões e oitocentos mil dólares pelos prejuízos causados a passageiros, derivado a um recurso público. Aqui todos fazem o que querem mas se pôem o pé de fora, ficam sujeitos. Quanto aos reporters jurídicos como cá se diz, todos advogados, tem sido um tratado. Por falta de assunto e para não perderem essas horas de televisão, passam o dia a explicar o trabalho insano de um procurador. São eles que em nome daquela graciosa senhora, sempre sorridente, a quem chamam Sua Magestade a Rainha do Canada, acusam os possíveis criminosos e tará-tá-tá. Só que os ouvindo, vai-se aprendendo o que não se sabe. Viva a greve.

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  14. Olinda

    Isso é que foi um azar. Nesses casos a polícia aqui inclina-se sempre para alguém que conhece a casa e que estava interessado em alguma coisa ou por vezes até dinheiro. Ter sempre uns euros num ponto estratégico da casa que pareça escondido mas que se veja. Não se pode ser muito unhas rentes. Apanham-no, procuram mais um pouco e vão-se embora. Se partiu os vidros, até nem é profissional. Agora penso que os vidros já ficam sempre com os estores corridos e trancados, no rés do chão. Os polícias quando são chamados em casos desses e vêm que foi só um roubo, passam a casa a pente fino, debaixo das camas, armários aonde caiba uma pessoa, etc. A seguir, aconselham o queixoso a comunicar ao seguro. Eles têm o tempo todo ocupado.
    Um conselho que eles dão constantemente: se chegarmos a casa, uma porta da rua estiver aberta ou um vidro partido, jamais entrar. Chamá-los.
    Também é aconselhável ficar relativamente perto do local duvidoso mas a uma certa distância. Permite ver-se a cara e roupa da pessoa que sair e deixá-lo seguir o seu caminho vendo-se para onde vai. Se apanhados de surpresa, são muito perigosos. Pau de baseball, navalhas, pistolas, têm tudo: são de evitar.

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